Menu
Menu
Busca quinta, 25 de abril de 2024
Brasil

Governo teme que delação da Odebrecht chegue ao TSE

11 dezembro 2016 - 11h29Exame

A delação premiada de executivos da Odebrecht é vista como um risco para o presidente Michel Temer no processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e investiga irregularidades na campanha presidencial de 2014.

Há um temor no Planalto de que os executivos da empreiteira levantem novas suspeitas sobre a origem das doações feitas à campanha, fortalecendo a acusação de que houve abuso de poder econômico.

Até então, o depoimento de acusação considerado mais consistente era o do delator Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, que entrou em contradição e depois negou que houvesse dinheiro de propina para campanha que reelegeu Dilma Rousseff e Temer.

A colaboração da Odebrecht – cujos 77 executivos assinaram na semana passada delação com a força-tarefa da Lava Jato – pode chegar ao TSE de dois modos.

Caso a instrução do processo ainda não tenha sido dada como concluída, novos depoimentos podem ser solicitados e juntados como indicações a favor da acusação.

Ainda que isso não seja feito, no entanto, há um receio de interlocutores de Temer de que haja uma contaminação política do julgamento pelo TSE, considerada a corte “mais politizada” entre os tribunais superiores.

No Planalto, a nova etapa da Lava Jato é vista como “imponderável”. Interlocutores do peemedebista dizem que o presidente demonstra tranquilidade com a delação, mas a defesa de Temer na corte eleitoral gostaria de que o caso se encerrasse antes de os acordos de Marcelo Odebrecht e funcionários da empresa se tornarem públicos.

Ainda assim, auxiliares de Temer consideram pouco provável uma cassação de mandato e consequente eleição. O Planalto garante que, caso haja condenação, Temer vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Além da delação da Odebrecht, há outro depoimento considerado fundamental para o processo: o de Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana.

Ela deveria ter prestado depoimento em setembro, mas adiou a oitiva, por estar negociando uma delação premiada na Lava Jato.

Reportar Erro

Deixe seu Comentário

Leia Também

Foto: Divulgação PF
Brasil
Agendamento online para emissão de passaporte é retomado pela Polícia Federal
Força Nacional estará presente no Enem dos Concursos
Brasil
Com Corumbá na lista, Força Nacional reforçará segurança no 'Enem dos Concursos'
Wladimir Costa -
Brasil
Ex-deputado federal é preso por violência política e ataques na internet
Votação aconteceu no Senado
Política
Senado aprova projeto que isenta do IR quem ganha até dois salários mínimos
Mais 29 casos do 8 de janeiro são votados no STF
Justiça
Defesas alegam ato pacífico, mas STF condena oito pessoas por atos antidemocráticos
Votação aconteceu no Senado
Política
PEC que criminaliza o porte de drogas independente da quantidade segue para a Câmara
Votação no Senado aconteceu na noite de quarta-feira
Política
Senado vota PEC que criminaliza posse de qualquer quantidade de droga ilícita
Juiza Gabriela Hardt, juiz Danilo Pereira Júnior e os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Lenz Loraci Flores De Lima /
Justiça
"Graves infrações" afastam juíza da Lava Jato e mais 3
Corpos estavam na embarcação a deriva
Brasil
Embarcação é encontrada no Pará com vários corpos em decomposição
Pré-candidata a prefeita e chefe da Sudeco, Rose Modesto -
Política
Em visita de Lula a MS, Rose destaca intenção de ser a primeira prefeita eleita da Capital

Mais Lidas

AGORA: Capitão do Batalhão de Choque morre na Capital
Polícia
AGORA: Capitão do Batalhão de Choque morre na Capital
Ronaldo Sorana
Entrevistas
JD1TV: Sicredi inaugura "super agência" na sexta
 Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) -
Justiça
MPMS investiga fraude em concurso da prefeitura de Sonora e recomenda suspensão
Grávida de 9 meses morre após perde o filho ao sofrer acidente de moto em Aral Moreira
Polícia
Grávida de 9 meses morre após perde o filho ao sofrer acidente de moto em Aral Moreira