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Cultura

Mostra de Cinema Japonês faz homenagem ao cineasta Nasaki Kobayashi

19 junho 2017 - 11h27Da redação

Começa nesta segunda-feira (20), a a Mostra de Cinema Japonês realizada pelo Museu da Imagem e do Som, (MIS). Em sua sétima edição, a Mostra apresentará quatro filmes, dois clássicos e dois contemporâneos, sempre às 19h, no MIS, com entrada franca. Os filmes a serem exibidos são “A Partida” (2008), de Yojiro Takita; “Rebelião” (1967), de Masaki Kobayashi; “Nossa irmã mais nova” (1915), de Hirokazu Kore-eda, e “Kwaidan – As quatro faces do medo” (1964), de Masaki Kobayashi.

“A Mostra deste ano faz uma homenagem ao diretor Masaki Kobayashi, um diretor pouco conhecido por ter pouca produção e uma obra tardia, mas são filmes relevantes pelo roteiro. Harakiri é seu filme mais famoso. Decidimos trazer esse diretor para resgatar quem ele foi e para as pessoas conhecerem um pouco da obra dele. Tem uma trama bem feita, tem uma quebra, não é uma coisa comum. O filme A Rebelião é considerado por alguns críticos brasileiros como o melhor filme japonês de todos os tempos pela trama, roteiro a forma de direção, trilha sonora e parte cênica”, diz Celso.

O curador da Mostra explica que o cinema japonês começou a fazer sucesso na década de 1.950 graças ao filme Rashomon, de 1951, do Kurosawa. Depois, outros cineastas japoneses começaram a ganhar espaço no ocidente. Sobre sua paixão pelo cinema japonês e pelo cinema em geral, ele diz que surgiu ainda na infância. “Eu tinha um tio que tinha um bazar perto do colégio Dom Bosco. Ele vendia revistas japonesas. Eu ia muito nessa loja para folhear as revistas, ver os mangás, fotos de filmes. Eu não sabia ler os cândis, mas via as figuras. Tinha gibis, revistas sobre cinema. Fui juntando essas experiências que fazem você gostar de filmes. E com o advento da internet, ficou mais fácil buscar informações. Os meus preferidos são os filmes antigos de faroeste porque trazem a nostalgia, que traz o passado que perdemos”.

Segundo Higa, o interesse pelo cinema japonês veio com a curiosidade pelo cinema exótico, “principalmente em filmes de época, de samurais, que música tocava na época, quais os instrumentos. Toru Takemitsu, as músicas dele no filme Kwaidan, tem um instrumento de quatro cordas chamado Biwa, de época, que servia de base para o teatro japonês, ele coloca muito nesse filme, tem uma batida forte”.

Devido a uma política de relações diplomáticas entre Brasil e Japão, em 1929 surgiu na cidade de Bauru a Companhia Brasileira de Cinema – Nipako, que distribuía filmes japoneses para serem exibidos no Brasil. “Os imigrantes sentiam saudades de sua terra e queriam ver os filmes, que seguiam pelas estradas de ferro e eram exibidos nas comunidades rurais. Os geradores eram projetores porque não havia energia elétrica e os filmes eram exibidos em caminhões. Havia os narradores de filmes, os benshi, que no Japão ganhavam mais que os atores. Alguns deles vieram para o Brasil e acompanharam os pioneiros da cinematografia japonesa no Brasil”.

“De 1.953 a 1.970”, explica Celso, “o bairro da Liberdade em São Paulo chegou a ter quatro cinemas só para a comunidade japonesa. Depois da Segunda Guerra voltam as relações diplomáticas com o Japão, aí foram retomadas as importações de filmes. Em Campo Grande, tinha uma mercearia da família Saliba, a Mercearia Califórnia, que ficava na Dom Aquino com a 14 [de Julho], que sempre ficava aberta nos dias de projeções no Cine Santa Helena. Todas as sextas-feiras a mercearia ficava aberta até as 11h da noite para atender aos japoneses vendendo suas mações argentinas, com aquele papel roxo, as latas de goiabada e marmelada. Tudo isso nos remete a um sentimento nostálgico”.

Confira a programação e sinopses dos filmes:

Terça-Feira, 20/06/2017

A PARTIDA (Okuribito) – 2008

Quarta-Feira, 21/06/2017

REBELIÃO (Jôi-uchi: Hairyo tsuma shimatsu) – 1.967

Quinta-Feira, 22/06/2017

NOSSA IRMÃ MAIS NOVA (Umimachi Diary) – 2015

Sexta-Feira, 23/06/2017

KWAIDAN – AS QUATRO FACES DO MEDO (Kwaidan) – 1964

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