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Entrevista A

“Sofri uma delação de pessoas que foram presas”

O governador destaca os pontos positivos de sua gestão

21 julho 2018 - 08h20Da redação

Nosso último entrevistado da série com os candidatos ao governo é o atual governador Reinaldo Azambuja. Na entrevista, ele destaca os pontos positivos de sua gestão, algo que, segundo ele, o credencia a buscar uma oportunidade de continuar no cargo. Ele também falou sobre seus concorrentes e os problemas que vem enfrentando com a Justiça.

JD1 Notícias – Porque  continuar no governo?

Reinaldo Azambuja – Acho que fizemos um governo que enfrentou as piores adversidades no que tange à administração pública do país. Se você olhar o contexto dos Estados brasileiros hoje, dos 27 Estados, 20 estão inadimplentes, não conseguiram fazer uma gestão que organizasse as finanças públicas para o momento da maior crise que o país vivenciou. Mato Grosso do Sul foi diferente. Estamos entre os sete Estados que tiveram capacidade de reagir à crise com medidas, equilíbrio fiscal, enfrentamos a pauta da previdência, enfrentamos uma diminuição do tamanho do Estado. Mato Grosso do Sul hoje tem a menor estrutura administrativa do país. Não tem nenhum Estado que tenha apenas dez secretarias e nós estamos administrando. Encolhemos o tamanho do Estado, para gastar menos com o governo e poder gastar mais com as pessoas. Acredito que isso nos credencia a propor para a população a continuidade desse trabalho. Foi algo construído a várias mãos, ninguém faz nada sozinho. Tivemos o apoio de uma equipe que soube fazer planejamento, organização e que credenciou Mato Grosso do Sul. Talvez nós tenhamos um dos melhores indicadores de desenvolvimento em nível nacional, para esse momento de dificuldade. Isso nos credencia a continuar trabalhando com esse mesmo perfil de gestão, de responsabilidade, com transparência e que as mudanças estão acontecendo em praticamente todas as áreas. Se olharmos os níveis que implantamos de investimento, mostra que fizemos um governo extremamente responsável neste momento em que vivenciamos a maior crise que o Brasil já passou na sua história. Desde que o Brasil virou República nós nunca tivemos um momento tão difícil como esse.

 JD1 Notícias – O senhor fará diferente em um novo governo? A equipe será a mesma?

Reinaldo Azambuja – Com certeza não. Começaremos um novo mandato e faremos algumas adequações de equipe. Temos pessoas extremamente capacitadas em algumas posições estratégicas, mas as posições se alternam, por isso que com certeza teremos algumas mudanças. O que não muda é o eixo do planejamento. Os contratos de gestão vão continuar, porque eles deram um bom resultado. Se formos olhar aquilo que foi pactuado na campanha de 2014, praticamente 72% de tudo o que propusemos foi cumprido, mesmo na crise, na dificuldade, na diminuição da estrutura financeira. Nós vivenciamos um momento muito difícil da gestão pública. Um novo governo é um novo momento. Teremos novas propostas, novos desafios, que serão colocados agora à população. Continua o mesmo planejamento, a mesma organização, mas com inovação. Quais são as inovações? Melhorias, que são demandas crescentes da população. Eu acho que esse é o grande desafio, estar sintonizado com as mudanças que a população exige de qualquer governo em esfera federal, estadual ou municipal. Entendo que em um novo governo nós termos inovações e propostas que vem muito do momento que a população vivencia hoje, aquilo que era, muitas vezes, a necessidade maior em 2014 não significa que é a mesma necessidade em 2018 para 2019. Por isso que os governo também tem que evoluir, na área tecnológica, nos avanços da responsabilidade fiscal para não fazer o estado sucumbir. O grande exemplo disso é quando se olha o entorno. Você olha os 27 estados, 20 sucumbiram a crise e nós anão, acho que isso significa que nós soubemos enfrentar as dificuldades e as adversidades com planejamento, com organização e propostas que estão melhorando indicadores que são extremamente importantes, principalmente para as pessoas mais necessitadas.  
 
JD1 Notícias – Seu governo é lento na implantação de soluções e decisões?

Reinaldo Azambuja – Não. Eu acho que o nosso governo foi responsável, que teve pressa, porque se nós não tivéssemos encolhido o tamanho da máquina pública, se não tivéssemos enfrentado a pauta fiscal, a questão previdenciária, talvez hoje nós estaríamos como um dos estados que sucumbiram a crise, que foram para a inadimplência. E com a rapidez que nós tivemos, embora as coisas do governo não acontecem muitas vezes no tempo da iniciativa privada, mas nós tivemos avanços enormes nos modelos e contratos de gestão, no desenvolvimento de uma estrutura mais enxuta e que deu um ganho extraordinário. Hoje nós temos uma regionalização da saúde, junto com isso uma Caravana da Saúde, que resolveu problemas vivenciados há anos por pessoas que estavam na fila, tivemos um avanço no setor educacional extraordinário. Mato Grosso do Sul não tem só o melhor salário do Brasil para professor é muito mais. É escola em tempo integral, os avanços que tivemos no IDEB, que é o aprendizado dos alunos feito com formação continuada. Tivemos avanços em infraestrutura, na habitação mais de 20.600 moradias em um momento de crise, maiores investimentos em saneamento básico da história, porque vamos praticamente dobrar o nível, universalizar água tratada para a população e o esgotamento sanitário nós praticamente vamos aumentar o dobro em quatro anos. Outra coisa importante, hoje é visível a presença do governo nas 79 cidades, com infraestrutura urbana, rodovias, pontes de concreto, melhorias em obras que até então era responsabilidade dos prefeitos e das prefeituras o governo estendeu a  parceria. Você vê em Campo Grande uma retomada de inúmeras obras que ficaram e só conseguiram voltar porque teve uma parceria, uma visão estratégica do governo com as prefeituras para a gente avançar. Eu entendo que o governo avançou no seu tempo muito mais do que alguns estados fizeram. Foi publicado recentemente que no ranking de segurança pública, Mato Grosso do Sul é o terceiro estado mais seguro do país, o primeiro em resolução de homicídios. Esse é o resultado dos investimentos, da capacitação, das melhorias, cursos de formação, qualificação dos funcionários da área de segurança. Não é fácil fazer reformas estruturantes no estado, nós fizemos e estamos tendo ganho com isso. Estamos devolvendo para a sociedade, investimentos que até então não existia em áreas que são vitais parta o desenvolvimento humano para a melhoria da qualidade de vida das pessoas na área social. Atendemos as comunidades mais carentes, os indígenas, fizemos programas nos assentamentos da agricultura familiar

 
JD1 Notícias – Porque o senhor se acha melhor do que o André e o Odilon?

Reinaldo Azambuja – Acho que em eleição você não escolhe adversários, a população que tem que escolher quem realmente merece credibilidade. Se é a continuidade do nosso trabalho, se é voltar ao passado com uma pessoa que já teve oito anos governando o estado e entregou os problemas que nós vivenciamos para poder ajustar a máquina pública, muito pelo pacote de bondade e algumas irresponsabilidades. O governo anterior vivenciou oito anos de crescimento da economia nacional, não teve PIB negativo, a não ser em um ano. E o outro que é uma pessoa de fora da política, que vem do poder judiciário e que nunca teve uma experiência sequer  em gestão pública. Mas a escolha quem faz é a população. Nós temos a obrigatoriedade de defender nosso legado, que foi ter governado com as adversidades, coma a crise e feito avanços
 
JD1 Notícias – Seu time apostou muito tempo que Odilon sairia ao senado, ou que André não seria candidato, isso não atrasou a estratégia?

Reinaldo Azambuja – Não teve essa aposta do nosso time. Dede o início a gente vem buscando construir uma aliança, independente da candidatura de A,B ou C. Eu acho que nós avançamos bastante. Vamos ter uma aliança que permite ter um bom tempo de televisão, que permite ter partidos e pessoas que vão disputar a majoritária, proporcional, que tem um pensamento que em primeiro lugar são as políticas públicas, o desenvolvimento do estado, não são questões pessoais. Não se faz uma aliança pensando em ganhos pessoais, mas pensando que o todo pode ser vitorioso na campanha e ter condição de governar. De forma alguma agente atrasou, é o tempo da política. Você ver que até hoje nenhuma das alianças estão definidas. Agora é que começam as definições.

JD1 Notícias –  O senhor como o André tem problemas jurídicos, o que com certeza serão armas na campanha, que peso negativo o senhor dimensiona que isso terá nesse momento atual?

Reinaldo Azambuja – Eu não vou responder pelo ex-governador. Especificamente eu não tive problema jurídico nenhum. Eu tive uma delação de delatores que foram presos, que o próprio Ministério Público que aceitou a homologação da delação, propôs ao Supremo Tribunal Federal a anulação da delação, porque eles mentiram. E eu como cidadão, estou me defendendo dessas acusações mentirosas. Tenho 21 anos de vida pública e nuca tive uma condenação. Quem é homem público é um livro aberto. Você tem os órgãos de controle, é investigado e se defende de acusações. Até agora em todas as investigações, foi cancelado que sou inocente, que não tenho problema nenhum. Então não tenho preocupação nenhuma com a questão dessa delação caluniosa que foi feita. Eu nem ouvido fui ainda pela justiça.  O que eu posso dizer com muita tranquilidade, que nós fizemos uma organização dos incentivos fiscais com muita transparência. Qualquer homem ou mulher pública não deve ter medo de investigação, isso faz parte do ordenamento jurídico. Agora ser ficha limpa é importante.   
 
JD1 Notícias –  Se reeleito for, qual seria sua primeira medida?

Reinaldo Azambuja – Continuar os contratos de gestão, planejamento, organização e a governança responsável, porque não tem varinha mágica, milagre não acontece em gestão pública. Se a população entender que nós merecemos mais quatro anos, e respeitamos a vontade popular, vamos continuar com muita responsabilidade e planejamento. Olhando os avanços tecnológicos, a modernidade, evoluir a gestão pública. Acabar de organizar a regionalização da saúde, que é a entrega dos hospitais, dos novos leitos. Nunca tirar o foco de geração de emprego para não deixar a economia do estado sucumbir.
 
JD1 Notícias –   As pesquisas tem mostrado um equilíbrio entre o senhor, o Odilon e o André. Qual é o seu ponto de vista nesta eleição? Como o senhor vê o 2º Terno?

Reinaldo Azambuja – Acho que a eleição está ainda muito indefinida. Acabou a Copa do Mundo e agora é que a população vai se voltar para eleição a nível nacional e a nível estadual. Hoje nas pesquisas mostram que quase 80 % na população não sabe em quem vai votar, até porque ainda não tem uma formação. Eles vão olhar quem serão as candidaturas, quais a propostas. Não tem milagre. Vais ter que compor equipe, negociar com a Assembleia aprovação de projetos importantes, que são vitais para o desenvolvimento do estado. A população não vai votar pelo achismo. Já passamos por momentos nos país de eleger pessoas sem nenhuma capacidade de gestão pública e a população pagar o preço por isso. As coisas não acontecem, o país sucumbe. Eu vejo com muita tranquilidade. Acho que a população vai vivenciar o momento de olhar as candidaturas. Pesquisa é momento. Eu já fui diversas vezes candidato e sempre com as pesquisas desfavoráveis, mas galgamos eleições, ganhamos o governo do estado, mesmo as pesquisas mostrando que era praticamente impossível.

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