Mato Grosso do Sul registrou em 2011 o maior crescimento proporcional de área de floresta plantada. Segundo o Anuário Estatístico da Abraf (Associação Brasileira de Floresta Plantada), a área, predominantemente de eucalipto, aumentou de 400 mil hectares em 2010 para 480 mil hectares em 2012.
A crise internacional deve continuar longe do setor, apesar da Europa exportar 46% da celulose brasileira. A manter a base do crescimento registrado no ano passado, a previsão é de dobrar o plantio de florestas em Mato Grosso do Sul e no Brasil no período de sete anos, atingindo um milhão de hectares até 2018. Nesse patamar o Estado assume a sexta posição no ranking da produção nacional.
Hoje, com apenas uma linha de produção da Fibria, o Estado produz 1,3 milhão de toneladas por ano. A Eldorado Florestal, do grupo JBS, será concluída em novembro deste ano, dobrando a capacidade de produção estadual, de 1,5 milhão para 2,8 milhões de toneladas de celulose, cerca de 1 milhão de toneladas atrás do Estado de São Paulo.
O investimento em floresta plantada não tem liquidez a curto prazo. Mas a promissora indústria de celulose e papel justifica a espera de sete anos para o primeiro corte. A Reflore (Associação de Produtores e Consumidores de Floresta Planta) de Mato Grosso do Sul, o maciço florestal segue o eixo Três Lagoas-Campo Grande. Além do eucalipto, são plantadas culturas exóticas, pinus e serigueiras, mas em escala muito pequena. Essas culturas são usadas para produtos florestais diversos, como lápis, palito de fósforo.
A base florestal situada ao longo do traçado da BR-262 foi um dos pontos que asseguraram a instalação da Fibria, Eldorado e da International Paper em Três Lagoas.
De toda produção de madeira, 70% são destinados à indústria de celulose, outros 20% vão para as siderúrgicas para produção de ferro gusa e outras fontes de energia, como lenha. Há outros nichos no mercado florestal - serrarias, madeira para construção de mourões e palanques, como os usados na cerca do Parque das Nações Indígenas em Campo Grande.
Produtividade
Hoje Mato Grosso do Sul também detém um das melhores produtividades, com média de 35 a 40 metros cúbicos por hectare. “É uma atividade rentável, de longo prazo, que exige atenção para alguns detalhes, a começar pela logística. A distância é um componente que pesa no custo. Além disso é preciso investir em tecnologia”, observa o presidente da Reflore-MS, Luiz Calvo Ramires Junior, notando que as técnicas de manejo exigem investimento em capacitação. “Este não é um mercado de compra e venda rápida, Depois que começa a produção a liquidez é imediata”.
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