Menu
Busca sexta, 29 de setembro de 2023
(67) 99647-9098
Brasil

Com decisão de Mendonça, ex-assessor de Bolsonaro falta à CPMI

Arthur Maia diz que decisão desrespeita trabalho do colegiado

19 setembro 2023 - 11h40Luiz Vinicius
Gov Educação Mobile - Set23

O segundo-tenente do Exército Osmar Crivelatti não compareceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro na sessão marcada para ouvi-lo nesta terça-feira (19). O ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro foi autorizado a faltar à sessão pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.

O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União/BA), disse que a decisão de Mendonça “desrespeita, obstaculiza e impede” os trabalhos da CPMI. Maia defendeu que o Congresso Nacional ingresse com uma Ação Direta de Preceito Fundamental (ADPF) no Supremo para questionar a decisão.

“É urgente que o Congresso Nacional tome uma decisão de encaminhar ao STF uma ADPF para que o Supremo se manifeste claramente se pode ter CPI ou se não pode ter CPI. Eu aceito as duas coisas. Só não dá para gente brincar de fazer CPI”, reclamou Maia.

O presidente da CPMI informou ainda que pediu uma audiência com os ministros do STF para pedir que, ao menos, encaminhem as decisões ao plenário da Corte. “Porque o pior dos mundos é dar uma decisão que é sabidamente minoritária no Supremo e reter o processo na sua mão, fazendo da sua decisão monocrática algo definitivo”, disse.

O senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ) saiu em defesa da decisão do ministro Mendonça. Para ele, a decisão era esperada. “Forçaram a barra. A relatora quer convocar alguém que não tem nada a ver com o 8 de janeiro. Não tem pertinência temática com o 8 de janeiro”, argumentou.

Na sua decisão, Mendonça alegou que Crivelatti foi convocado na condição de testemunha, mas que foi tratado como investigado por ter os sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrado.

O militar convocado para CPMI trabalhou na Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, sendo subordinado ao tenente-coronel do Exército Mauro Cid.

Crivelatti chegou a ser ouvido pela Política Federal no inquérito que investiga as vendas de joias recebidas por Bolsonaro enquanto ocupava a Presidência da República.

Os integrantes da CPMI alegaram que o depoimento do segundo-tenente seria importante para esclarecer os fatos preparatórios do dia 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

“Na qualidade de coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República, [Crivelatti] acompanhou o período em que se desenvolve a preparação desses atos e, por óbvio, poderá trazer informações de enorme valia para a condução dos nossos futuros trabalhos desta comissão”, argumentou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) no requerimento aprovado pela Comissão que pedia a convocação do militar.

Gov Educação Mobile - Set23

Deixe seu Comentário

Leia Também

Brasil
Lula e presidente da Bolívia acertam próximas etapas para construção no rio Mamoré
Brasil
PF cumpre mandado contra general da reserva em fase da Lesa Pátria
Brasil
Governo federal visita regiões afetadas por tempestades no RS
Brasil
Lula defende urgência na redução das desigualdades no mundo
Brasil
STF deve definir hoje tese final do julgamento sobre marco temporal
Brasil
Governo cria 100 mil bolsas para capacitar agentes de segurança
Brasil
Brasil estende concessão de visto temporário e autorização de residência de afegãos
Brasil
Comissão vai debater união civil homoafetiva, alvo de projeto de proibição
Brasil
Primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chính visita o Brasil após 15 anos
Brasil
Projeto que proíbe casamento homoafetivo pode ser arquivado

Mais Lidas

Comportamento
Piscininha, amor: Confira lugares para se refrescar e curtir em Campo Grande
Polícia
Após perder a filha em acidente, jovem morre três meses depois em Campo Grande
Clima
'O pior está por vir': Onda de calor continua em outubro, aponta previsão
Clima
Calor aumenta e termômetro marca 55ºC em Corumbá