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Número de brasileiros com títulos de mestre cresce 11% ao ano no país

24 abril 2013 - 11h10Divulgação/Portal Brasil

O número de títulos de mestrado concedidos no Brasil cresce, em média, 11% ao ano, aponta estudo lançado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Ainda de acordo com a publicação, em 14 anos, a quantidade de novos mestres quase quadruplicou, passando de 10.389 em 1996, para 38.800 em 2009 - o que representa um crescimento de 273,5%.

A publicação Mestres 2012: Demografia da Base Técnico-Científica Brasileira aprofunda os conhecimentos sobre formação, emprego e características demográficas dos mestres brasileiros e apresenta um conjunto de estatísticas geradas a partir do cruzamento das bases de dados do Coleta Capes 1996-2009, da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2009, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento é uma extensão da publicação Doutores 2010, lançada durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O processo envolveu a Coordenação-Geral de Indicadores do MCTI e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“É um trabalho muito rico e importante, que nos permite trabalhar no perfil e na formação dos novos mestres e de acordo com a necessidade do país, como uma ferramenta de fortalecimento de políticas públicas”, afirmou a representante da Secretaria Executiva do ministério, Ana Lúcia Assad.

Com base no levantamento, é possível perceber a velocidade e a capacidade do sistema em atender as demandas da sociedade e da economia, com a criação de cursos de mestrado em diversas áreas, inclusive, com novas modalidades, como o mestrado profissional. O presidente do CGEE, Mariano Laplane, destaca o fato de essa formação estar se estendendo para outras regiões do país fora do circuito Sudeste e Sul. “Estamos abrindo o leque, isso é muito importante”, avaliou.

No período 1996-2009, apenas o Sudeste, que possuía mais de 62% do total de programas de mestrado no início, cresceu menos do que a média brasileira. O crescimento dessa região nesses 14 anos avaliados, de 82%, foi menor do que a média nacional, que foi de 126%. As demais regiões apresentaram taxas de crescimento significativamente mais elevadas: Nordeste, com 179%; Sul, com 184%; Centro-Oeste, com 233%; e Norte, com 341%.

Políticas de expansão
O aumento do número de mestres no país é resultado de políticas adotadas pela expansão da pós-graduação, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Capes, aliado ao fenômeno do crescimento significativo da oferta de cursos pelas universidades particulares. Em 1996, essas instituições foram responsáveis por apenas 13,3% dos títulos de mestrado. Em 2009, elas já respondiam por 22,4% do total.

“É verdade que estas instituições se dedicam mais a determinadas áreas do conhecimento, especialmente as áreas sociais e humanas, e pouco a áreas como as engenharias, a física e a matemática. Mas é uma contribuição muito importante”, comentou consultor do trabalho, Eduardo Viotti.

Perfil dos pesquisadores
A publicação também permite identificar as desigualdades existentes neste universo nos aspectos relacionados a gênero e raça. É também um termômetro da importância que a qualificação passou a ter no país.

Segundo o estudo, a proporção feminina cresceu de maneira significativa desde 1998, quando o número de mulheres tituladas em programas de mestrado superou o de homens. Em 2010, embora constituíssem a maioria da população de mestres residentes no Brasil, sua remuneração mensal média era aproximadamente 42% menor do que a dos homens.

A população de mestres e doutores também é mais branca do que a população como um todo. Em 2010, os que se declararam brancos correspondiam a 47% dos brasileiros. No mesmo ano, considerando somente os que possuíam grau de instrução elevado - mestrado e doutorado -, a parcela dos que se declararam brancos era de 80%.

“A concentração de brancos não corresponde à diversidade do perfil racial da população como um todo. É uma revelação que merece reflexão da sociedade e do estado e, possivelmente, algum tipo de ação afirmativa que evite a continuidade dessa distorção”, comenta o consultor Viotti.

Emprego e renda
O tratamento dos resultados da amostra do Censo 2010 também permitiu dimensionar esse universo em relação à população brasileira, em que os mestres ainda representam 0,32% do total.

A pesquisa relaciona o crescimento da remuneração com o grau de formação e revela que os indivíduos que concluíram o ensino superior possuem salários 170% mais altos em relação aos que completaram apenas o ensino médio. Já os brasileiros que possuem mestrado ganham em média 84% mais que os que têm somente a graduação. Os que concluíram o doutorado recebem 35% a mais do que os que só fizeram o mestrado.

Na avaliação de Viotti, a formação também passou ser uma condicionante para manter-se no mercado e trabalho. Em 2010, o desemprego entre as pessoas com ensino médio girava em torno de 5% e entre os doutores, em cerca de 1%. “Isso mostra que vale a pena investir em educação e que existe um estímulo muito grande para que as pessoas aumentem o seu nível de formação, porque o mercado está carente disso”, diz o consultor.

Via Portal Brasil

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