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Brasil

Operação da PF contra instituições financeiras, prende um e afasta diretores de bancos

A 'Compliance Zero' combate a emissão de títulos de crédito falsos emitidos por agentes que integram o Sistema Financeiro Nacional

18 novembro 2025 - 11h36Sarah Chaves, com CNN
Dr Canela

Uma operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18), resultou na prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, ainda na noite de ontem (17), no Aeroporto de Internacional de Guarulhos, quando viajaria para Dubai para fechar negócios e no afastamento do o presidente do BRB (Banco de Brasília), Paulo Henrique Costa, que está nos Estados Unidos

A prisão de Daniel ocorre no mesmo dia em que o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da instituição financeira. 

A Operação Compliance Zero combate a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. Estão sendo investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros.

A PF cumpre cinco mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. 

Além do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, ser afastado por 60 dias pela Justiça nesta terça-feira (18), ele é alvo de mandado de busca e apreensão, além da medida cautelar.
O diretor financeiro do banco, Dario Oswaldo Garcia Junior, também foi afastado pelo mesmo período, além de outros dois diretores

MASTER
A Polícia Federal monitorou Vorcaro e antecipou a prisão para evitar uma fuga.  Entre os presos também está Augusto Lima, sócio de Daniel Vorcaro. 

As investigações tiveram início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Tais títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.

Na manhã desta terça, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master menos de um dia após o Grupo Fictor ter indicado o interesse em comprar a instituição financeira.

Segundo fontes próximas do tema, a liquidação acaba com a possibilidade de o acordo de venda avançar.
Pelo termo, também fica sob liquidação judicial a corretora de câmbio do banco. A liquidação foi assinada pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo.

O Banco Master voltou ao radar do mercado em setembro, quando o BC negou a autorização para o banco de Brasília adquirir a companhia. Especialistas consideravam o modelo de negócios do master problemático, já que o banco emitia papéis garantidos pelo FGC e pagava taxas muito acima do mercado.

BRB

Fontes ouvidas sob reserva defendem que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), demita o presidente do BRB. A avaliação é de que é preciso estancar logo a situação para que isso não se transforme em um desgaste ainda maior para a gestão Ibaneis.

A sensação no GDF, segundo relatos, é de alívio com a trava imposta pelo Banco Central para à compra do Banco Master pelo BRB.
A negociação com o BRB, que havia sido aprovada pelo conselho de administração do banco em março de 2025 para a compra de 58% do capital total, foi barrada devido ao risco de sucessão.

O temor do BC era que ativos problemáticos e dívidas não incluídas formalmente no negócio pudessem ser herdados pelo BRB, comprometendo sua solidez financeira.

Em nota, o BRB reforça que "sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master".

O Banco informa, ainda, que nenhuma prisão foi realizada na manhã desta terça-feira (18). A decisão judicial que orienta a atuação da Polícia Federal nas dependências do Banco determina, exclusivamente, o afastamento temporário do presidente e do diretor financeiro pelo prazo de 60 dias.

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