Depois de ficar fechada por aproximadamente quatro anos, a radioterapia do Hospital Universitário (HU) de Campo Grande foi reativada. O serviço voltou a funcionar em 20 de dezembro, mas a curto passo. Por enquanto, são apenas dois pacientes.
De acordo com a assessoria de imprensa da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a ampliação da demanda só vai acontecer a partir do próximo dia 23, quando uma física, que está de férias, retorna ao trabalho.
A suspensão do atendimento centralizou o tratamento no Hospital do Câncer, penalizando os pacientes na luta contra a doença. Conforme auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a política nacional de atenção oncológica na rede pública de saúde, Mato Grosso do Sul oferece um dos piores tratamentos do Brasil.
São atendidas 33,9% da demanda por radioterapia e 34,4% dos que precisam de cirurgias oncológica. Dentre os 26 Estados e o Distrito Federal, Mato Grosso do Sul fica à frente do Amapá, DF e Roraima. A realidade expressa pelos números é o oposto das orientações médica, de que quando mais rápido o diagnóstico e combate à doença, maiores as chances de cura.
Agonia
A demora para reativar a radioterapia no HU teve vários capítulos. Em 2010, o Estado e a UFMS firmaram contrato de R$ 217 mil para “imediato funcionamento” do setor. O recurso veio após o MPF (Ministério Público Federal) identificar mais de 170 pessoas aguardando para fazer o procedimento.
Muitos doentes buscavam como alternativa o Hospital de Barretos, em São Paulo, onde Mato Grosso do Sul figura como o terceiro Estado de origem dos pacientes tratados.
Com toda a demanda direcionada para o Hospital do Câncer, foram repassados recursos para a clínica particular Neorad.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, por enquanto, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que faz a regulação dos pacientes em Campo Grande, faz encaminhamentos apenas para o Hospital do Câncer. Ainda segundo a assessoria, a Neorad está em negociação com a Santa Casa para atender a demanda.
No último dia 30 de dezembro, a Santa Casa de Campo Grande recebeu do Ministério da Saúde a classificação de Unacon (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia). O processo de credenciamento do hospital no Ministério da Saúde começou em abril de 2011.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Demissão sem justa causa não precisa de justificativa no Brasil, decide STF

Belém sediará 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas

Projeto para CNH ser válida por 60 dias após vencer é aprovado

Inscrições do Encceja 2023 estão abertas até dia 2 de junho

Governo anuncia desconto para compra de carros novos

CPMI de atos antidemocráticos será presidida por Arthur Maia

Ninguém acerta dezenas e prêmio da Mega-Sena acumula para R$ 45 milhões

MPF e MP vão investigar aplicativo simulador de escravidão

Suspeito de vazar fotos da autópsia de Marília Mendonça é solto 20h após prisão
