O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse na sexta-feira (25) que é necessário mudar a legislação ambiental para endurecer a fiscalização das atividades de maior risco ao meio ambiente, como as barragens de depósito de rejeitos. “O que é preciso ter em termos de revisão da legislação ambiental é tirar questões simples e aprofundar nas questões complexas de maior risco”, afirmou.
Salles é um dos ministros escalados pelo presidente Jair Bolsonaro para acompanhar os desdobramentos do rompimento da barragem de rejeitos da Mina do Feijão, em Brumadinho (MG). A intenção, segundo o ministro, é dar foco ao processo de fiscalização ambiental. “Para que as equipes possam se dedicar com mais afinco, usando recursos tecnológicos e humanos nas atividades com maior potencial [de risco], como é o caso das barragens”.
Conforme Salles, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no caso de Brumadinho, agiu com rapidez e rigor. “O que precisa haver é foco na atuação. Em situações de maior risco, maior complexidade, ter as esquipes de licenciamento ambiental com foco, com dedicação”, argumentou.
Apuração
Segundo o ministro de Minas e Energia, Beto Albuquerque Júnior, que também está em Minas Gerais, a Agência Nacional de Mineração recolheu a documentação da mineradora Vale para apuração do desastre em Brumadinho. “A documentação referente a licenças se encontra com nossos técnicos da Agência Nacional de Mineração, e vamos iniciar uma averiguação para saber o que levou a esse desastre”, disse o ministro.
O governo federal, conforme Albuquerque, além de apoiar as ações dos governos estadual e municipal, vai apurar as causas do rompimento da barragem e atuar para mitigar o desastre. “Temos de trabalhar para impedir que coisas semelhantes possam ocorrer”, afirmou o ministro, acrescentando que, no momento, está sendo feito o monitoramento do avanço da lama e da qualidade da água do rio Paraopeba.
Assim como Salles e Albuquerque, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, integra a equipe do governo federal enviada a Minas Gerais. “Vamos melhorar os procedimentos para que uma tragédia humana como esta não volte a acontecer”, afirmou Canuto.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Celular explode no bolso e fere mãos e pernas de monitora em escola

Turismo internacional no Brasil alcança marca recorde com 7,8 milhões de visitantes só esse ano

INSS poderá fazer busca ativa por aposentados com valores a receber

STF nega habeas corpus e Bolsonaro continua com tornozeleira e prisão domiciliar

Marco da Segurança propõe fim do auxílio-reclusão e prisão federal para líderes de facções

App gov.br ganha facilidades para pessoas com deficiência e mais recursos para todos os usuários

Anvisa manda recolher suplementos das marcas Proteus e Bugroon por falta de licença sanitária

Governo autoriza nomeação de aprovados no Concurso Nacional Unificado

STF mantém restrições impostas a Bolsonaro e rejeita pedido de soltura


Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi escalado para acompanhar os desdobramentos do acidente em Brumadinho (Marcelo Camargo/Agência Brasil)



