O ex-deputado federal e chefe da Casa Civil, André Moura (PSC) foi demitido pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). No lugar dele assume o procurador do estado Raul Teixeira, um nome mais técnico.
Segundo o site Extra, o governador carioca também vai exonerar o secretário de Fazenda Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho. No lugar dele entra Guilherme Mercês, que era subsecretário de Desenvolvimento Econômico. Os próximos a serem demitidos serão Leonardo Rodrigues, da Ciência e Tecnologia; e Felipe Bornier, do Esporte.
As exonerações foram publicadas em edição extra do Diário Oficial do Estado nessa quinta-feira (28).
André Moura era ligado ao Pastor Everaldo, foi deputado por dois mandatos seguidos, de 2011 a 2018, e tentou na última eleição uma candidatura ao Senado, onde terminou em 3º lugar. A tentativa não foi pelo Rio, pois a base eleitoral dele é Sergipe.
Moura está cercado por denúncias, como de uso de verbas públicas do município de Pirambu que eram usadas para comprar comida, bebida e utensílios de cozinha e limpeza para abastecer a casa de Moura quando este não era mais prefeito e de parentes e aliados políticos do ex-deputado. Ele chegou a ser condenado em segunda instância pelo crime.
Ex-aliado do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), Moura também foi alvo da Lava Jato, e seus problemas não se resumem a acusações de corrupção. Também foi líder do governo Michel Temer no Congresso.
O ex-prefeito de Pirambu também é apontado como um dos integrantes principais em um esquema de corrupção que envolve o governador do Rio, de acordo com a reportagem da Veja.