A empresa PepsiCo responsável pela fábrica de biscoitos Mabel, que encerrou as atividades em Três Lagoas, enviou ao JD1 Notícias uma nota de esclarecimento sobre a investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT-MS) publicada na terça-feira (23).
A decisão do MPT em abrir um inquérito ocorreu após audiência com o advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do município, Nilson Cavalcante.
Por email, a PepsiCo informou que não recebeu, até esta quarta-feira (24), nenhuma notificação do MPT.
Leia a nota na íntegra:
“Reiteramos que cumprimos todos os trâmites legais referentes ao fechamento da planta de Três Lagoas e estamos oferecendo aos nossos funcionários total apoio neste momento de transição. Conforme amplamente noticiado pela imprensa três-lagoense e pelo próprio site do MPT, a empresa ofereceu um pacote financeiro que vai além das verbas rescisórias exigidas por lei, além do valor equivalente a três meses de plano de saúde e vale-refeição. A PepsiCo também vai proporcionar aos colaboradores treinamentos com conteúdos diversos, como planejamento financeiro, empreendedorismo e preparação de currículos – que a companhia encaminhará para outras empresas da região. A PepsiCo está à disposição do MPT para eventuais esclarecimentos”.
Audiência
O advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do município, Nilson Cavalcante, questionou a ausência de um aviso prévio da empresa sobre o fechamento da fábrica.
O ministério também investigará uma possível irregularidade no pagamento das verbas rescisórias, de modo que sejam resguardados todos os direitos previstos na Constituição, nas leis trabalhistas e nos acordos coletivos de trabalho.
Segundo informou Nilson Cavalcante, tanto o sindicato quanto os trabalhadores tomaram conhecimento do fechamento da fábrica somente no dia 15 de abril, quando as operações foram paralisadas.
O sindicato pretende ajuizar ação coletiva por dispensa imotivada, com pedido de indenização por dano moral e reintegração de pessoal.
Fechamento
O fechamento aconteceu dia 15 de abril, quando a empresa alegou que concentrará suas operações nas cidades de Sorocaba (SP), Aparecida de Goiânia (GO) e Itaporanga D’ajuda (SE).