A Rede Feminina de Combate ao Câncer, vinculada ao Hospital Alfredo Abrão, recebeu no início do mês 123 perucas confeccionadas por reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”, em Campo Grande. A ação integra a programação do Outubro Rosa e representa a união entre trabalho prisional e compromisso social com a valorização da vida.
O projeto é fruto de uma parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), a Receita Federal e a Rede Feminina. Além das perucas, foram entregues 40 quilos de cabelo humano apreendido pela Receita Federal, que será usado para confeccionar novas perucas para pacientes em tratamento oncológico.
Durante a cerimônia, realizada na terça-feira (7), Rosana Aguilar Macedo, presidente da Rede Feminina, destacou o significado da iniciativa. “Essas perucas representam autoestima e esperança para as mulheres que enfrentam o câncer. Muitas chegam fragilizadas e saem com um sorriso no rosto. Agradeço à Receita Federal, à Agepen e às internas que confeccionaram cada peça com tanto carinho”, afirmou.
Rodrigo Rossi Maiorchini, diretor-presidente da Agepen, ressaltou o impacto social do trabalho prisional. “Essa ação vai além dos muros do presídio, mostrando que o trabalho prisional é uma ponte de transformação, tanto para as internas quanto para quem recebe as perucas”, disse.
A diretora do Estabelecimento Penal Feminino, Mari Jane Boleti Carrilho, agradeceu às instituições parceiras e ressaltou o valor humano da iniciativa. “A entrega das perucas é um gesto solidário, fruto do trabalho das internas com o apoio da instrutora Dirce Ramos”, declarou.
Sueli Lopes Telles, presidente do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, enfatizou o valor simbólico das perucas. “Elas devolvem a confiança e a autoestima das mulheres em tratamento. Nosso hospital é responsável por grande parte dos atendimentos oncológicos do Estado, oferecendo acolhimento e apoio às pacientes e suas famílias”, disse.
Amanda Serafini, voluntária da Rede Feminina e paciente do hospital, compartilhou sua experiência. “Perder o cabelo é um dos momentos mais difíceis do tratamento. Muitas mulheres não têm condições de comprar perucas, e recebê-las nos dá forças para continuar lutando”, afirmou, destacando a importância do diagnóstico precoce e do autoexame.
A cerimônia contou ainda com a presença de autoridades, como a diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, e o diretor de Operações, Flávio Rodrigues.
A entrega das perucas reforça o papel do trabalho prisional como instrumento de ressocialização, promovendo dignidade, empatia e novas perspectivas para as reeducandas e para as pacientes que recebem as perucas.
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Perucas doadas (Foto: Agepen/MS)



