Uma data sempre muito lembrada, cheia de felicitações e presentinhos, quando não há outros que falam “dia da Mulher é todo dia”. 8 de março é Dia Internacional de todas as mulheres, inclusive daquelas que parte da sociedade esquece.
Mulheres trans, travestis, marginalizadas por parte obtusa das pessoas, passam por essa data com muito orgulho, pois elas sofrem discriminação em dobro do que uma mulher cis já passa, e ainda sim não têm o espaço que merece, como relatado por Cris Steffany, “Ainda não tenho o merecido respeito e espaço, visto minha trajetória de mais de 20 anos de luta, militância e trabalhos árduos”.
Cristiane Stefanny Vidal Venceslau, 42 anos, natural de Jacarau, faz sua luta há anos na cidade de Campo Grande. “Eu fui a precursora da militância aqui no estado em 1999 iniciei as primeiras reuniões, mas só em 2001 conseguimos montar a Associação das Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul (ATMS)”, ela conta que depois disso, foram criados núcleos em vários centros, como Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Coxim, Aquidauana e Ponta Porã.
Depois vieram algumas outras ONGs ( Organizações não Governamentais), voltadas a pauta LGBT.
Ela já tem um repertório de mais de 12 anos na luta de além de história de preconceito sofrido na rua. “Principalmente da polícia, na época de escola, na busca por emprego e até mesmo em ambiente aberto ao público ( bares, lanchonetes). Eu sempre lhe dei com situações como estas, militando, fazendo histórias, reivindicando direitos, fazendo protestos e denunciando”.
Emanuelle
Aos 32, a Miss beleza T MS, Emanuelle Fernandes, leva a representativa para moda, esbanjando beleza e feminilidade e fala na chance de permitir que outras meninas sonhem em ser como ela. Que apesar do ambiente preconceituoso, começou a ter oportunidades por meio de amigos. “Antes disso levei muito não, quando sabia que era trans já tinha a negativa de quem estava contratando, mas a vida é assim faça por você que de uma forma ou outra os caminhos se abrem”.
Nessa data, onde as mulheres devem ser priorizadas acima de tudo, Manu fala sobre algumas ‘irmãs’ que ainda olham torto. “As mulheres são as que mais torcem o nariz e se incomodam com a presença de mulheres trans, fico triste com tamanho desdém de quem devia nos dar conforto. O fato de ser T trás muitas estigmas sociais, pra mim não é importante pois creio que se não conseguem entender que a sociedade é plural é uma falta de conhecimento da mesma, eu existo e estarei onde quiser independente delas ou não’, finalizou.
Maya Maldonado
A manicure fala em como a profissão e os amigos ajudaram no período de transição e salienta para as meninas pedirem ajuda as irmãs que estão há mais tempo na luta. “Eu comecei a atender em 2018 , e eu não estava na transição, eu comecei no ramos porque eu trabalhava com cabelo, mas queria mudar de profissão, ai surgiu a profissão com unhas e alongamento, depois de quase um ano que eu já tinha uma cartel de clientes, aconteceu minha transição. Hoje eu atendo muitos clientes que acompanharam tudo, e todas elas eu tive um apoio positivo’, comentou.
Maya finaliza falando da importância do sus para as novas meninas no tratamento hormonal, e para que elas peçam ajuda as outras mulheres trans caso precisem e aconselha. “Sempre busque autoconhecimento, a partir do momento que você se conhece, aprende a respeitar o próximo, a si mesmo e seus limites”.
Assista a entrevista sobre o dia da Mulher
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