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Cultura

Dia do músico: Artistas voltam a se apresentar após um ano e meio de restrições

O JD1 Notícias conversou com três músicos da capital sobre o período fora dos palcos

22 novembro 2021 - 13h48Camila Farias    atualizado em 22/11/2021 às 14h50

Após mais de um ano e meio de pandemia, restrições, paralisações, os eventos e shows voltaram a acontecer na capital e com isso trazendo uma nova onda de esperança para quem depende disso para viver.

A pandemia prejudicou severamente quase que todas as profissões, mas sem dúvidas a classe de eventos e músicos tiveram um impacto negativo de quase 100%.

Hoje (22), é comemorado o dia do músico e o JD1 Notícias conversou com três músicos aqui de Campo Grande, para entender como está o mercado atualmente e quais as expectativas daqui pra frente para quem sobreviveu a esse baque.

O músico Renatto Mendes, já soma 15 anos de carreira e contou ao JD1 Notícias que foi necessário buscar um plano B, após o inicio da pandemia e deixar a carreira musical que até então era sua principal renda, um pouco de lado. “Passei a trabalhar em várias áreas da construção civil, de energia solar e até eletricista” declara.

Renatto conta ainda que os prejuízos durante o período de restrições mais severas foram um pouco além do financeiro. “Eu tive algumas questões emocionais e psicológicas ao longo desse período, ansiedade e ‘deprê’ tomaram conta e depender de um auxílio irrisório foi bem difícil”, disse.

Para Maurício Kemp, que além de 37 anos de carreira ainda é dono de uma escola de música, conta que houve dificuldades nas duas áreas, pela paralisação dos shows e queda em até 60% dos alunos na escola. “Não chegamos a precisar de um plano B, mas pensávamos nisso a todo momento”, conta.  

A cantora Méri Oliveira, trabalha há 26 anos com música. “Atualmente minha renda principal não vem da música, mas é um bom complemento”, e conta que a principal dificuldade no pico da pandemia foi não poder ensaiar com a banda e nem se apresentar.

“Além da questão financeira, trabalhar com música envolve também amor: amor à música, amor a estar ali no palco interagindo com o público, amor pelos resultados, pela repercussão após cada show”, afirma Méri.

Ao contrário da grande maioria das pessoas que trabalham com música, Méri encontrou na música seu plano B durante a pandemia. “Sou jornalista, trabalhava apenas com assessoria de comunicação e marketing e, ao ser decretada a pandemia, perdi 80% dos meus clientes e fiquei praticamente sem renda. Depois disso, fui chamada por uma escola de música e passei a dar aulas de canto lá, o que me salvou”, declara.

Com o fim das restrições na capital, foi possível enxergar uma luz no fim do túnel e os artistas já conseguem aos poucos ir voltando aos palcos.

De acordo com Renatto, voltar aos palcos está sendo muito satisfatório. “O prazer de voltar a trabalhar na área que amamos é gigante, quase que terapêutico e a expectativa segue bem alta, projetos sendo elaborados, trabalhos existentes sendo revistos, pensei e repensei em tudo que passamos e o quero conquistar nós próximo ano”, conta sobre os projetos para 2022.

Já para Méri, voltar aos palcos depois de tanto tempo foi incrível e mágico.” Tive a oportunidade de me apresentar no Festival Bonito Blues e Jazz com a Mr. Willie, uma das bandas da qual sou vocalista e, sentir de novo a reação do público ao show, à performance da banda foi algo incrivelmente maravilhoso”.

Maurício Kemp acredita que pelo que já temos percebido, todos vão conseguir recuperar seu lugar ao sol, ou sob os holofotes. “Alguns bares fecharam, mas outros novos abriram ou simplesmente se fortaleceram, o mesmo aconteceu com bandas e artistas”, finaliza.

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