Prestes a completar 1 ano da depredação, a estátua do poeta Manoel de Barros continua sem o 'pé' e sem previsão para reforma. A obra, criada em homenagem ao artista sul-mato-grossense, foi encontrada danificada no dia 19 de abril do ano passado e, agora, aguarda análise jurídica para contratação do artista.
Além do pé esquerdo que foi alvo de vandalismo, é possível ver também a depredação na região do rosto e do óculos do monumento instalado na Avenida Afonso Pena, com a Rua Rui Barbosa, em Campo Grande.
Conforme a FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), a escultura criada pelo artista, Ique Woitschach, passará por uma revitalização total para recuperar completamente a obra.
Ainda de acordo com a assessoria da Fundação, a reforma aguarda uma análise jurídica para iniciar a revitalização. "Estamos em fase de contratação do artista. Embora, será o mesmo artista, ainda sim é preciso abrir um novo processo" explica a nota.
Monitoramento
Após o ocorrido, uma das câmeras de vigilância do sistema de monitoramento da região foi direcionada, exclusivamente, para a estátua, como uma alternativa para inibir o vandalismo.
Esse sistema de segurança é policiado pela Guarda Civil Metropolitana, a câmera trabalha girando a cada 30 segundos.
Homenagem
Por trágica coincidência, a obra também foi inaugurada em um dia 19, porém de dezembro de 2017, dia em que Manoel comemoraria 101 anos.
Com 400 quilos, a estátua de bronze, em tamanho real, veio para homenagear um dos ícones da cultura de MS, apresentando características marcantes, em detalhes, do artista regional. Os trajes simples, as pernas cruzadas, o tênis surrado, ao lado de caramujos e do ninho de pomba, a obra descreveu o cenário rico que Manoel adorava para se inspirar e criar seus encantadores poemas.
O projeto apresentado em abril de 2017, teve um investimento de R$ 232 mil, após a solenidade o monumento seguiu sem data para a instalação, devido a incerteza do local para receber a obra.
Após isso, veio a definição do local no canteiro central na Avenida Afonso Pena, com a rua Rui Barbosa. O cenário foi escolhido em referência a uma de suas poesias o “quintal do poeta”, retratando Manoel sentando junto a Figueira centenária, árvore que atrai os passarinhos que ele tanto gostava.