Menu
Menu
Busca quinta, 25 de abril de 2024
Cultura

José Padilha terá série no Netflix, Wagner Moura viverá Pablo Escobar

27 fevereiro 2014 - 10h48Via Folha
O que esperar de José Padilha depois de "RoboCop"? O diretor de "Tropa de Elite" nem terminou a divulgação do blockbuster que marcou sua estreia em Hollywood e já negocia os detalhes de uma série para o serviço de TV sob demanda Netflix.

A trama gira em torno do tráfico de drogas no circuito Colômbia-México-Estados Unidos e tem o colombiano Pablo Escobar (1949-1993) como um dos personagens centrais. "A série vai permitir que a gente fale sobre a natureza da política antidrogas", disse à Folha em São Paulo.

"É uma história colombiana, mas também americana porque Pablo Escobar virou quem é por causa da demanda dos EUA", diz Padilha sobre a série, que deve ser falada em inglês e espanhol.

Para interpretar o traficante, pensou em Wagner Moura. "Conversaremos na quinta [hoje] sobre isso. O Netflix quer e acha genial ele ser o Pablo Escobar. E eu acho que o Wagner vai arrebentar como Escobar. É um ator do nível dos melhores do mundo."

Moura confirmou à Folha a participação na série de José Padilha.

Outros quatro projetos dividem, com o de Pablo Escobar, a atenção do diretor. O primeiro é uma ficção científica para o estúdio Warner Bros, que espera dirigir.

Padilha desenvolve ainda um filme a partir do roteiro sobre a tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, escrito por Nick Schenk ("Gran Torino", 2008) e dirige uma das histórias do longa "Rio, Eu te Amo".

Por último, tem entrevistado pessoas de destaque nas manifestações pelo Brasil desde a morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade. O trabalho é feito em parceria com o diretor de fotografia Walter Carvalho e Felipe Lacerda, codiretor de "Ônibus 174" (2002).

Esta última atividade é a mais incerta: Padilha diz que não tem ideia sobre qual será o produto final. "A gente decidiu não ficar dizendo o que é o filme. Vamos documentar, apenas. Aconteceu uma coisa, apareceu uma pessoa chave, a gente vai e filma", afirma o cineasta.

Já sobre as imagens das manifestações, Padilha diz que espera usar o material feito pelos próprios manifestantes e pela polícia. "É um pouco como é o 'Ônibus 174', eu não filmei aquilo."

Entre os já entrevistados estão o advogado dos acusados pela morte do cinegrafista, Jonas Tadeu Nunes, seu estagiário e a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho. O cineasta espera gravar entrevista com Marcelo Freixo, deputado estadual (PSOL-RJ), de quem é amigo.

Questionado se a proximidade com o político determinaria uma posição sobre os eventos, Padilha diz que não precisa "concordar com as pessoas para conversar e ser amigo", embora "às vezes" concorde com Freixo. "Eu gosto de ter minha posição, não preciso ter um lado. Tenho a minha opinião."

Barril de pólvora
Quando as primeiras manifestações ocorreram no Brasil, Padilha estava entre EUA e Canadá, com as gravações de "RoboCop" em curso. Após a morte do cinegrafista da Band, resolveu acompanhar de perto para entender melhor o que acontecia.

Padilha acredita que as manifestações estejam ligadas a problemas reais, como má qualidade do serviço público e a má locação de recursos. "Invariavelmente eu simpatizo com os manifestantes e acho que eles têm razão. É inegável que o Estado brasileiro funciona muito mal."

Ele diz entender também a violência dos protestos. "É natural, com a polícia que a gente tem. Houve truculência policial antes da violência dos manifestantes."

E a violência de seus filmes? "É um dado da realidade. Antes de estar no meu filme, está na rua. O Brasil parece um barril de pólvora."

Reportar Erro

Deixe seu Comentário

Leia Também

Ney Matogrosso
Cultura
Ney Matogrosso traz turnê 'Meu Bloco na Rua' para Campo Grande em novembro
Dançando a Melhor Idade
Cultura
60+ ativo! Projeto oferece oficina gratuita de dança na Capital
Toni Garrido
Cultura
Em maio, Toni Garrido será a próxima atração do 'MS Ao Vivo'
Circuito Gastronômico é chance para reconhecimento da gastronomia de MS, diz chef
Cultura
Circuito Gastronômico é chance para reconhecimento da gastronomia de MS, diz chef
Gabriel Chiad
Cultura
JD1TV - "Bom para dançar coladinho": Gabriel Chiad fala sobre 'forronejo' na Capital
Projeto 'Estimulando o dançar' oferece aulas gratuitas de ballet na Capital
Cultura
Projeto 'Estimulando o dançar' oferece aulas gratuitas de ballet na Capital
Grupo Falamansa
Cultura
'MS ao Vivo' terá show de forró com Falamansa neste domingo na Capital
Veja os valores e onde comprar ingressos para exposição imersiva de Van Gogh
Cultura
Veja os valores e onde comprar ingressos para exposição imersiva de Van Gogh
Artistas já confirmados no Festival de Inverno de Bonito de 2024
Cultura
Festival de Inverno de Bonito 2024: veja atrações já confirmadas
Domingo tem Guilherme & Santiago, pagode e arte na Praça Bolívia
Cultura
Domingo tem Guilherme & Santiago, pagode e arte na Praça Bolívia

Mais Lidas

AGORA: Capitão do Batalhão de Choque morre na Capital
Polícia
AGORA: Capitão do Batalhão de Choque morre na Capital
Ronaldo Sorana
Entrevistas
JD1TV: Sicredi inaugura "super agência" na sexta
 Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) -
Justiça
MPMS investiga fraude em concurso da prefeitura de Sonora e recomenda suspensão
Piscineiro tem convulsão, cai em piscina e morre afogado
Polícia
Piscineiro tem convulsão, cai em piscina e morre afogado