O músico Antônio José Waghabi Filho, conhecido como Magro, morreu na manhã quarta-feira (08), aos 68 anos, em São Paulo, onde estava internado devido a um câncer. Nascido em Itaocara, na Região Noroeste do Rio de Janeiro, em 14 de novembro de 1943, o compositor, arranjador, instrumentista e vocalista integrava o quarteto MPB4, o principal grupo vocal masculino da música popular brasileira, que lamentou a morte em nota publicada no site oficial.
"Depois de longa luta pela vida, Antonio José Waghabi Filho, o Magro do MPB4, nos deixou. Com ele vai junto uma parte considerável do vocal brasileiro. Com ele foi a minha música. Fraternalmente, Aquiles", diz o texto. A última apresentação de Magro com o grupo foi no dia 8 de junho.
Segundo a famÃlia, o velório será na Beneficência Portuguesa de São Paulo, no bairro de ParaÃso, na Zona Sul da capital paulista, na manhã desta quarta. O corpo será cremado nesta quinta (9), no Cemitério da Vila Alpina, na Zona Leste.
Magro estava internado no CTI do Hospital Santa Catarina, desde a última sexta-feira (3), devido a complicações de um câncer na próstata descoberto há 10 anos, e já diagnosticado com metástase. Ele deixa um casal de filhos, Eduardo e Gabriela, e a mulher, Monica Thiele, do grupo vocal Vésper Vocal.
Tecladista, vibrafonista, clarinetista, saxofonista, percussionista, além de arranjador, compositor e cantor, começou seus estudos de piano com Pepita Machado ainda em Itaocara. Na cidade natal, fez parte, como segundo clarinetista, da banda de música Sociedade Musical Patápio Silva. Em 1959, mudou-se para Niterói (RJ), onde estudou com Eumir Deodato e Guerra Peixe (teoria musical), Isaac Karabtchewsky (regência) e Vilma Graça (solfejo), além de ter recebido orientação na prática de arranjos instrumentais com o maestro Lindolpho Gaya.
Começou sua carreira profissional em 1960, como vibrafonista do conjunto de bailes Praia Grande. Três anos depois, fundou o Quarteto do CPC com Miltinho, Ruy Faria (Dalmo Medeiros entrou em seu lugar em 2004) e Aquiles, que um ano depois virou MPB4, devido à extinção dos Centros Populares de Cultura (CPCs).
Arranjador de Chico e Vinicius
Em paralelo ao grupo, foi responsável por arranjos e orquestrações para discos de outros artistas, como Chico Buarque ("Chico Buarque de Holanda, volume 2" e "Construção"), Toquinho e Vinicius de Moraes, Tunay e Simone, entre outros.
Em 2001 e 2002, dirigiu e mixou o seu primeiro CD independente, como arranjador vocal e diretor musical do conjunto vocal Toque de Arte.
Entre as obras mais reconhecidas, estão arranjos vocais para "Lamentos", de Pixinguinha e Vinicius; "Roda viva", de Chico; "Cálice" (Gilberto Gil e Chico); e "Cio da terra" (Milton Nascimento e Chico).
Via G1
Deixe seu Comentário
Leia Também

Exposição "Mulheres em Cena" está aberta a visitação na Plataforma Cultural

Livro dos 50 anos da Mace, será lançado dia 25 de fevereiro

Semana de Carnaval começa com live de Juci Ibanez

LIVE: Robertinho Meneses se apresenta neste domingo

LIVE: Cordão da Valu e Marta Cel agitam sábado de Carnaval

Policiais fazem live musical para arrecadar fundos para doações

Documentário 'Babenco', de Bárbara Paz, disputa por duas categorias do Oscar

Valu terá carnaval virtual em fevereiro

Linguiça de Maracaju é o 2º produto a receber o Selo Arte em MS
