Os bancários de todo o país decidem hoje (17), em assembléias marcadas para as 18 horas, se acabam com a greve, que vai completar 21 dias. Na última sexta-feira (14) os representantes dos trabalhadores e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) chegaram a um acordo para encerrar o movimento.
A proposta prevê reajuste salarial de 9%, que inclui a inflação dos últimos 12 meses até setembro último mais 1,5% de aumento real, além de outras melhorias financeiras. Na reunião de sexta, também foi proposta a valorização do piso com correção de 12%. Com isso, ele passará para R$ 1400. Ficou acertada também uma elevação do percentual para o cálculo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
Além de concordar em não descontar os dias parados, os representantes dos banqueiros assumiram o compromisso informal de ampliar o número de vagas nas agências.
A greve dos bancários deste ano é a mais longa da categoria desde 2004. Na última sexta-feira (15) das 146 agências de Campo Grande e região 82 ficaram fechadas.
No comunicado, a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), informou ainda que foram obtidas outras conquistas, como a proibição de que seja divulgado rankings individuais dos funcionários, o que permite coibir a cobrança das metas abusivas. Os dias parados deverão ser compensados com a extensão de duas horas nas jornadas até o próximo dia 15 de dezembro.
De acordo com a Presidente dos Sindicatos dos Bancários em Campo Grande e região, Iaci Torres, a assembléia na capital está marcada para 18h30. Conforme Iaci, a indicação do comando é que seja acatada a proposta.
Já a greve dos bancários em Dourados e região se mantêm com 100% de adesão, de acordo com o Presidente do Sindicato dos Bancários Raul Verão. A base do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região é composta pelos municípios de Dourados, Caarapó, Juti, Fátima do Sul, Vicentina, Jateí, Glória de Dourados, Deodápolis, Itaporã, Douradina, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul e Maracaju.
A assembléia de Dourados está marcada para 17h30. O presidente Raul disse que a orientação do sindicato é para aceitar a proposta. "No oitavo ano consecutivo nós conseguimos reajuste real acima da inflação do período", comemora Raul.
Segundo ele, a luta não é apenas por aumento salarial, mas por condições de trabalho.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Lula assina medida que altera regras para vales-alimentação e refeição

MS bate recorde com 1.131 novas empresas abertas em Outubro

Energia elétrica puxa inflação para baixo e outubro tem melhor índice desde 1998

Governo prorroga até 2026 prazo para pedido de ressarcimento do INSS

Abóbora e pepino puxam queda nos preços das hortaliças e verduras na Ceasa-MS

Leve queda no preço da cesta básica mal alivia o bolso dos campo-grandenses

Campo Grande mantém posição entre os líderes em exportações de MS

Impulsionada pela construção, indústria de MS criou mais de mil empregos em setembro

Setor da indústria gerou mais de 1,2 mil vagas durante setembro em MS


Agências ainda estão fechadas 



