Neste mês o índice de famílias campo-grandenses endividadas atingiu o maior nível histórico: 77%, segundo a Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) divulgada pela Confederação Nacional do Comércio e Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice vai na contramão do País.
"Reflete também a demanda reprimida porque durante vários meses deste ano as vendas em Mato Grosso do Sul ficaram abaixo da média nacional e agora as pessoas voltaram a comprar", avalia o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul, Edison Ferreira de Araújo. Além disso, Edison observa que a questão está diretamente relacionada ao nível de emprego. Com maior estabilidade e renda, as pessoas assumem mais compromissos a prazo.
De acordo com a PEIC, em agosto o índice de famílias endividadas era de 52%. Em números absolutos o salto foi de 128.228 para 190.505 famílias que têm compromissos como cheque pré-datado, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimos pessoal, prestações de carro e seguros.
Um dado que preocupa, porém, é que o índice de famílias com contas em atraso passou de 26% a 43% e das que disseram que não terão condições de pagar foi de 8% a 15%. O cartão de crédito continua representando o principal credor destas famílias, 52,8% disseram que têm compras a prazo no cartão os carnês aparecem na sequencia, apontados por 32% e em terceiro o crédito pessoal, 13,6%. A maioria das famílias, 37%, está comprometida com as dívidas por mais de um ano e para 39,6% o comprometimento de renda com as parcelas fica entre 11% e 50%.
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