Neste ano, a arroba já caiu mais de 15% até final de maio, em termos nominais. Se for descontada a inflação, o valor médio mensal recuou 6,17% no ano até maio. Em 12 meses, a retração foi de 15,30%.
A arroba do boi gordo no Estado de São Paulo para pagamento à vista fechou maio cotada a R$ 243,25, segundo dados do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. A mínima anterior havia sido registrada em setembro de 2020 (R$ 240,45). O resultado de maio é uma marca muito distante do pico de R$ 352,05, atingido em 22 de março do ano passado.
Mas o consumidor tem sentido um recuo bem menor no preço da carne no açougue e no supermercado comparado ao que houve no campo. Segundo dados da prévia da inflação oficial do País, o IPCA-15, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as carnes bovinas no varejo ficaram, em média, 3,47% mais baratas no ano até maio. É um movimento oposto ao da inflação geral no mesmo período, que subiu 3,12%. Em 12 meses até maio, a história se repete. A inflação geral subiu 4,07% e o preço da carne bovina no varejo teve deflação de 4,89%.
Perspectiva no curto prazo é de baixa de preço
Com a chegada da entressafra, período no qual os pastos secam pela falta de chuvas e fica mais difícil alimentar os animais, a tendência é de o abate aumentar neste mês e a oferta de carne também. “Junho é período de transição, final de safra e começo de entressafra”, diz Carvalho, que acredita na tendência de queda de preços.
Mas, a partir de julho, começa a entrar no mercado os animais engordados em confinamento. Como a perspectiva é que tenha ocorrido uma redução no confinamento, o técnico da CNA diz que a tendência é de preços mais firmes da arroba entre julho e setembro.
Na sua análise, os preços da arroba devem voltar a ter pressão de baixa em novembro e dezembro, quando a oferta da segunda leva de gado confinado chega ao mercado. Esse lote de animais deve ter aumentado por conta dos custos reduzidos dos grãos e dos próprios animais em abril deste ano.
A dúvida que pode abalar o mercado é o desenrolar da gripe aviária. Hoje a doença foi identificada em aves silvestres e não foram encontrados casos em granjas comerciais.
tema Caso a gripe aviária atinja a produção industrial de frangos, os frigoríficos estarão impedidos de exportar. Isso pode ampliar ainda mais a oferta doméstica de proteína animal e jogar para baixo os preços da carne bovina.
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