Na sexta-feira (13), começa a liberação do saque de até R$ 500 do Fundo de Garantia do Tempo e Serviço (FGTS ).
O primeiro lote estará disponível para os nascidos em janeiro, fevereiro, março ou abril. Os que nasceram em maio, junho, julho ou agosto realizarão o saque a partir de 27 de setembro e os aniversariantes de setembro, outubro, novembro ou dezembro estão liberados no dia 9 de outubro.
A expectativa do governo para esse ano é que sejam liberados R$ 30 bilhões e, em 2020, mais R$ 12 bilhões do FGTS e do PIS/Pasep. O saque limite de R$ 500 valerá para contas ativas e inativas do FGTS.
Fabio Gallo, professor de finanças da FGV EAESP, diz acreditar que esse dinheiro pode dar uma "animada" na economia. "Não vai fazer a economia rodar nesse momento. Não vai tirar da situação atual, vai dar uma 'animadinha', mas nada acima disso", comentou.
Com o aumento do número de pessoas endividadas, o professor acredita que o valor retirado seja utilizado para pagamento de dívidas. "Potencialmente, esse dinheiro seja usado fortemente para o pagamento de dívida, o que também é bom para a economia. Não é uma notícia ruim", analisou Gallo.
Expectativa do comércio
João Sanzovo Neto, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras ), declarou que com a economia na "corda bamba", a instituição pensou em revisar a expectativa inicial de 3% de crescimento nas vendas de 2019 para um valor inferior. "Após sabermos da liberação do FGTS e também do PIS/Pasep, resolvemos manter a projeção do começo do ano, em 3%", falou.
Sanzovo Neto comentou que a liberação "representa uma dose extra de otimismo" para os próximos meses. De acordo com Neto, a redução na taxa básica de juros, antecipação do 13º dos aposentados e, ainda, a Semana do Brasil, foram outras medidas que incentiveram o "otimismo" no setor.
O economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC ), Fabio Bentes, ressaltou que em 2017 o FGTS ajudou o varejo a se recuperar. "Em 2017, o FGTS ajudou o varejo a se recuperar, lembrando que 2016 foi o ano de recessão. Na segunda metade de 2017, alguns setores já apresentavam um resultado bem melhor."
Bentes diz acreditar que R$ 9,6 bilhões serão destinados ao varejo, no qual R$ 3,3 bilhões devem ser gastos no segmento de vestuário.
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