A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), autarquia vinculada a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), anunciou na segunda-feira (2) o corte de 5,6 mil bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no Brasil.
Do Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul é o mais atingido e o 10º entre todos os estados, de acordo com o levantamento do Capes.
Em Mato Grosso do Sul serão atingidos 107 bolsistas com economia prevista de R$ 714.800,00 nos últimos quatro meses de 2019.
De acordo com o presidente da instituição, Anderson Ribeiro Correia, a medida representa uma economia de R$ 37,8 milhões neste ano. A previsão é que, nos próximos quatro anos, R$ 544 milhões deixem de ser investidos em bolsas.
Este ano foram contingenciados R$ 819 milhões previstos na Lei do Orçamento Anual, 19,15% do total de R$ 4,2 bilhões.
O projeto de lei orçamentária para 2020 prevê que a Capes, no próximo ano, conte com R$ 2,2 bilhões, quase a metade da previsão de 2019 ou 64,1% do valor real, pós-contingenciamento.
O anúncio da Capes ocorre pouco mais de um mês depois de o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), outra agência federal de financiamento de pesquisadores, suspender processo de seleção de bolsistas no Brasil e no exterior, por falta de recursos.
O cálculo é um déficit de R$ 330 milhões no orçamento.