Um jogo ruim, mas com um final emocionante em seu sentido mais bizarro. Depois de empatarem em 0 a 0 neste sábado (madrugada de domingo no Brasil), a Seleção Brasileira feminina e o Canadá tiveram de decidir no sorteio quem seria o primeiro lugar do Grupo B do torneio de futebol dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
Tudo porque as duas equipes, que já haviam garantido a vaga na semifinal, terminaram empatadas em número de pontos, vitórias, gols marcados e gols sofridos. No fim, foi o papel com o nome do Brasil que saiu, dando ao time verde-amarelo a liderança de sua chave.
Agora, o Brasil vai enfrentar o México, que se classificou em segundo do Grupo A. O Canadá pega na semifinal a Colômbia, que venceu sua chave. Os dois confrontos acontecem na próxima terça-feira, também no Estádio Omnilife, e valem vaga na final.
A classificação antecipada fez as duas seleções entrarem em campo sob o ritmo da acomodação. O que se viu em campo foram dois times mostrando pouca técnica e atuando de forma lenta, sem muita disposição. O público que permaneceu no estádio depois da partida do México fez a sua festa sem prestar muita atenção no que se passava em campo.
Com o ritmo de jogo sonolento, foram escassas as chances de gol no primeiro tempo. Formiga arriscou de longe no início, mas foi só. Apesar disso, houve lances duros, que preocuparam o técnico Kleiton Lima, já pensando na semifinal. No fim da etapa inicial, Formiga saiu de maca depois de sofrer falta dura.
O primeiro lance de real perigo da partida aconteceu apenas aos 12 minutos do segundo tempo, a favor da Canadá. Sophie Schmidt recebeu passe de Kyle na grande área e chutou frente a frente com Bárbara, que fez boa defesa. Na sequência, foi a vez de o Brasil quase abrir o placar depois que Débora chutou rasteiro e a goleira LeBlanc defendeu com o pé.
Aos poucos o Canadá foi tomando e espaço e passou a ter a posse de bola, mas foi do Brasil a grande chance do segundo tempo. Após fazer jogada de habilidade pelo lado esquerdo, com direito a "chute no vácuo", Thaís tocou para Formiga, que cruzou na medida para Rosana. A meia cabeceou rente à trave esquerda de LeBlanc.
Mas o que poderia dar início a uma pressão brasileira não passou de uma chance isolada. As duas seleções seguiram errando muitos passes e deixaram o campo esperando pela decisão inusitada.
O Brasil jogou com a seguinte formação: Bárbara, Bagé, Tânia Maranhão e Karen (Renata Costa); Maurine, Francielle, Rosana (Grazielle), Formiga e Maicon; Thaís e Daniele (Débora).
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