Thiago Pereira durante as eliminatórias dos 200m medley. (Foto: JuanJo Martin/Efe) Thiago Pereira, 27, teve de lidar com muitos sobressaltos até chegar à piscina do Palau San Jordi, em Barcelona, onde disputou seu primeiro Mundial, dez anos atrás.
E hoje, pode compensar todos esses percalços. A medalha em um Mundial é a única que falta em sua carreira.
A primeira tentativa será nos 200 m medley. As finais começam às 13h (de Brasília).
Apesar das dificuldades que afetaram seus treinamentos, Thiago carregará para a piscina algo que não tinha no Mundial de Xangai, em 2011, a confiança de já ter subido ao pódio em uma Olimpíada.
"Sua confiança aumenta. Você se sente mais realizado. Ter essa medalha sempre foi um sonho. Agora tenho a sensação de que consegui. A medalha mudou coisas dentro de mim, mais do que fora."
Thiago se classificou com o quarto tempo, 1min57s52. O mais veloz foi o americano Ryan Lochte, com 1min57s07.
Hoje nadador do Sesi, Thiago iniciou o ano com a notícia de que não teria seu contrato renovado com o Corinthians. Também viu o fim da PRO 2016, equipe de Cesar Cielo, com quem treinava.
Thiago continua a trabalhar com Alberto Pinto, o Albertinho, ex-técnico do campeão em Pequim-2008, e divide suas atividades entre o Centro Olímpico de Treinamento de Pesquisa e a piscina do Sesi, em São Paulo.
"Foi bem diferente da minha primeira Olimpíada [Atenas-2004]. Nunca aconteceu um ano pós-olímpico assim. Fiquei frustrado [em perder o patrocínio do clube]", disse.
Os problemas que afetaram seus treinos - teve também uma lesão no quadril -, motivaram sua desistência dos 400 m medley, apesar do técnico querer que ele nadasse.
Ontem, disse não ter se preparado bem para a prova que lhe deu a prata em Londres-2012. Mas ele tem os 200 m medley. E não terá Michael Phelps, seu rival desde 2003.
"Ainda tenho muito o que dar. Pretendo sair amanhã [hoje] do jeito que realmente saio [da piscina], passando mal, sem poder andar."Reportar Erro
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