Dos onze pontos que o time catarinense conquistou neste Brasileirão, dez foram em casa. Porém, o campo estreito e a torcida quase que exclusivamente contra não afetaram o Corinthians. Consistente na troca de passes e na criação de jogadas desde o primeiro tempo, o Timão abriu a vantagem de dois gols antes do intervalo, matando o jogo.
O time paulista chegou com uma má notícia ao palco onde confirmou o título do Campeonato Brasileiro da Série B há cinco anos. Alexandre Pato, com edema ósseo, foi cortado até mesmo do banco de reservas e deverá ficar dez dias em tratamento.
Agora com 17 pontos, o Corinthians subiu na tabela de classificação para o sétimo lugar, aproximando-se do G-4. Já o Criciúma, com 11, se vê perto da zona de rebaixamento, em 16º. Na próxima quarta-feira, às 19h30m (horário de Brasília), o Tigre recebe o Cruzeiro no Heriberto Hulse. O Timão vai à Vila Belmiro, onde faz clássico contra o Santos às 21h50m (horário de Brasília).
Timão neutraliza pressão e abre vantagem
A força do Criciúma no caldeirão do Heriberto Hulse é notável. Dono da segunda maior média de ocupação de seu estádio, atrás apenas do próprio Corinthians, o time catarinense deixou o técnico Tite em alerta. Antes do jogo, o comandante alvinegro alertou para o campo apertado, que poderia dificultar as coisas para a sua equipe. Porém, a preocupação durou exatos dez minutos.
Embalado por uma empolgada torcida, o Tigre começou assustando o goleiro Cássio. Primeiro, Wellington Paulista recebeu bom lançamento de Marlon, mas errou o chute dentro da área adversária. Depois, o atacante escapou livre pelo meio e arriscou chute de fora da área, mandando à esquerda da trave. A precisão que faltou aos donos da casa sobrou ao Corinthians.
Titular devido à ausência de Emerson, mandado para o banco de reservas por conta de desgaste físico, Renato Augusto provou mais uma vez que a "dor de cabeça" de Tite para escalar o meio-campo é grande. O jogador teve outra grande atuação. E fez mais um golaço. Da entrada da área, limpou a marcação e disparou chute no ângulo esquerdo de Helton Leite para abrir o placar.
A movimentação do Timão contrastava com as trapalhadas do Tigre no setor ofensivo. Enquanto a equipe paulista se mostrava à vontade para criar jogadas e incomodar constantemente a defesa adversária, faltava algo ao Criciúma no momento da conclusão. Na única outra chance clara dos catarinenses na etapa inicial, Ivo cabeceou sem força para defesa de Cássio.
Envolvido pela boa troca de passes do Corinthians, o Criciúma segurava o placar mínimo. Porém, uma falha na saída de bola determinou o segundo gol dos visitantes: Guilherme avançou pelo meio e deu passe preciso para Edenílson, que ganhou do volante Elton na corrida e acabou empurrado por ele. O árbitro Sandro Meira Ricci apontou pênalti, convertido por Paolo Guerrero. E a temida força do Tigre em casa se acabara, em meio a gritos de “Olé” da torcida corintiana antes mesmo do intervalo.
Criciúma insiste, mas Timão administra
Com Daniel Carvalho no lugar de Elton e Gilson substituindo Ivo, o técnico Oswaldo Alvarez melhorou a transição do Criciúma entre a defesa e o ataque. Ainda assim, os erros da etapa inicial persistiram: o Tigre pecava no momento da finalização, sofrendo principalmente com a marcação sob pressão do zagueiro Gil, preciso no combate. Faltava alguém no setor ofensivo catarinense para empurrar a bola para a rede.
Mais cauteloso, o Corinthians era combativo no meio-campo. Evitava deixar que o adversário se aproximasse da área defendida por Cássio, mas não se arriscava como no primeiro tempo. Em ritmo cadenciado, o Timão chegou a marcar o terceiro gol, com o lateral Edenílson, mas o árbitro anulou, de forma correta, por impedimento.
Ao seu estilo, Tite pouco se importava com a vantagem alvinegra no placar: à beira do campo, rasgava o verbo com seus jogadores e também com o árbitro. Menos acionado que o normal ao longo da partida, Romarinho acabou substituído por Emerson, que assumiu o lado esquerdo antes ocupado por Renato Augusto. Experiente, Sheik ajudou o Timão a travar ainda mais o jogo.
O Criciúma assustou em bate-rebate na área alvinegra, mas Ralf afastou em cima da linha. O grito de gol, para os catarinenses, ficou mesmo entalado. Os donos da casa tinham mais posse de bola, com 57% do tempo, mas o poder corintiano em desarmes foi a chave do jogo: foram impressionantes 38 roubadas de bola, contra apenas sete do Tigre – que finalizou mais: oito chutes, contra seis do Timão. Méritos para a eficiência alvinegra.Reportar Erro
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