Paulo Henrique Ganso ficou revoltado quando soube que o Santos se recusou, pela terceira vez, a vendê-lo ao São Paulo. A negativa foi anunciada na tarde de segunda-feira. A raiva foi tanta que o meia decidiu que não quer mais nem se encontrar com os dirigentes com quem trabalha há sete anos.
A diretoria santista disse não a uma proposta de R$ 23,8 milhões por 45% dos direitos do jogador e conseguiu, de uma vez só, irritar também o São Paulo. A cartolagem do Morumbi se fechou, recusou-se a dar entrevistas durante todo o dia, mas decidiu que esta terça-feira serão as últimas 24 horas da novela Ganso: ou o Santos aceita os termos propostos ou o São Paulo desistirá da negociação de vez.
O clube não entendeu o motivo da recusa, endereçada por carta ao presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro. No final da semana passada, o acerto já tinha sido feito verbalmente. Na proposta do consenso da última sexta e na carta da segunda, o São Paulo prometeu dar uma entrada de 80% dos R$ 23,8 milhões e pagar o resto em janeiro de 2013.
Na sexta, o Santos havia aceitado. Recusou três dias depois, com a justificativa de que a situação não atendia a seus interesses.
Ganso já deixou claro tanto para o Santos quanto para o São Paulo que só aceita jogar no Morumbi, o que significa que o meia não se vê defendendo o Grêmio. Os gaúchos se animaram depois da recusa santista e mandaram dois representantes para negociar com a diretoria praiana.
Eles contam com o aval do Santos, que preferiria reforçar um time do Rio Grande do Sul a ver um de seus principais jogadores com a camisa de um rival estadual.
Apesar do ultimato são-paulino pela conclusão do negócio, o prazo legal para uma definição é a próxima sexta-feira. Depois disso, nenhum jogador poderá mais ser inscrito na atual edição do Campeonato Brasileiro.
Troca-troca
Também causou irritação ao São Paulo o fato de o Santos ter assumido uma postura considera inadequada na mesa de negociações. O clube não definiu, por exemplo, uma só pessoa para ser o intermediador “oficial” nas conversas (como tem o São Paulo). A cartolagem tricolor reclama do constante troca-troca na função de negociador santista.
O presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro é figura ausente das tratativas, deixando-as exclusivamente a cargo de seus subordinados, embora já tenha vindo a público para comentar a negociação. Nesta terça, o cartola deve viajar à Europa e ficar ainda mais distante das discussões sobre o futuro do camisa 10.
Via Uol
Reportar Erro