O ex-treinador e dirigente esportivo Valdir Espinosa faleceu aos 72 anos na manhã desta quinta-feira (27), após ter um colapso cardiovascular resultante de pós-operatório complicado e infecção generalizada, segundo a nota do Hospital Quali Ipanema, onde ele estava internado.
Valdir era gerente de futebol do Botafogo desde o fim do ano passado, clube que já foi técnico e ajudou a ganhar o Campeonato Carioca de 1989 na época. "Muito querido no clube por torcedores e por quem conviveu com ele no dia a dia, Espinosa vai fazer muita falta. Sua liderança, exemplo e ensinamentos seguirão no Botafogo como legado dessa figura tão representativa na história do clube", diz a nota de pesar divulgada pelo clube.
O Grêmio também manifestou pesar pela morte de Valdir, "um dos maiores técnicos de sua história" em nota oficial: "Sob o comando de Espinosa o Grêmio abriu as portas do continente e do mundo ao Rio Grande do Sul, conquistando a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes em 1983. O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense se solidariza com toda a família Espinosa, amigos e torcida nesse momento de dor".
O velório será nesta quinta-feira, das 15 às 22 horas, no Salão Nobre de General Severiano.
Carreira
Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa nasceu em 17 de outubro de 1947 em Porto Alegre. Iniciou a carreira como atleta no Grêmio, passando também por CSA, Esportivo e Vitória.
Como técnico, além do Tricolor Gaúcho e do Botafogo, trabalhou também em Portuguesa, Athletico-PR, Vasco, Fluminense e Santa Cruz, entre outros, além de times de Japão, Paraguai e Estados Unidos.
As maiores conquistas da carreira de Valdir, vieram no Grêmio. Em 1983, liderou o Tricolor aos títulos da Libertadores e Mundial, tendo como protagonista Renato Gaúcho, com quem voltaria a trabalhar no próprio clube em 2016, como coordenador técnico - Renato era o treinador. Juntos, conquistaram a Copa do Brasil daquele ano.