Dos 524 atletas do Brasil que viajaram para o México, apenas quatro são sul-mato-grossenses. Apesar da representação reduzida, eles não fizeram feio. Metade voltou dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara com medalhas.
O campo-grandense Leonardo de Deus, de 21 anos, foi um dos herois do Brasil na natação. Entreante em Pan-Americanos, ele conquistou a medalha de ouro nos 200 metros borboleta ao completar a prova em 1min57s92.
Não foi uma vitória fácil. Após chegar em 1º, Leonardo de Deus foi desclassificado por causa de uma propaganda na toca dele.
O atleta campo-grandense recebeu a notícia da desclassificação e começou a chorar. O painel mostrou a bandeira dos Estados Unidos em primeiro lugar. Por conta do imprevisto, o pódio chegou a ser suspenso. No entanto, a decisão foi revista e o ouro foi mantido.
"Ainda bem que o coração do atleta tem que estar bem preparado", afirmou em seu blog. "Naquele momento difícil da minha vida eu não perdi a fé, a minha crença em algo mais forte, Deus", acrescentou.
Prata – Também estreante em Jogos Pan-Americanos, o campo-grandense Rafael Silva ganhou a medalha de prata na categoria dos pesados (+ de 100kg) do judô.
Ele perdeu a final para o cubano Oscar Rene Brayson, após sofrer três punições da arbitragem por falta de combatividade. Rafael já havia sido campeão da Copa do Mundo disputado em Budapeste, na Hungria, neste ano.
Os outros representantes de Mato Grosso do Sul, Lucas Kanieski e o cavaleiro Rogério Clementino, voltaram para casa sem medalhas, mas também não fizeram feio.
Kanieski foi o único brasileiro na final dos 1500 m masculino de natação e terminou em 5º lugar, com o tempo de 15min31seg23.
Resultado histórico - Já o cavaleiro Rogério Clementino ficou longe do pódio no adestramento individual, obteve 69.762 pontos e terminou na 12ª colocação.
Ainda assim, o resultado do adestramento brasileiro foi histórico. Pela primeira vez, o Brasil classificou dois cavaleiros para a final do individual: Rogério, com o cavalo Sargento do Top, e Mauro Pereira Junior, com Tulum Comando. Os dois ficaram entre os 15 melhores das Américas.
Ex-peão de rodeio, nascido em Ivinhema e criado em Tacuru, Rogério Clementino tem uma história marcada por superações e vitórias.
Ele conquistou a medalha de bronze por adestramento em equipe nos Jogos Pan-Americanos do Rio em 2007. Depois, foi o primeiro cavaleiro negro a ser classificado para uma Olimpíada. Na ocasião, ele teve o cavalo Nilo desclassificado, por apresentar um trote irregular.
O Brasil se despede do Pan com 141 medalhas: 48 de ouro, 35 pratas e 58 bronzes. A festa de encerramento será na noite deste domingo. O País ficou em terceiro no quadro de medalhas, atrás de Estados Unidos e Cuba.
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