Na sexta-feira, dia 29 de novembro, antes da partida contra o Vasco da Gama no fim de semana, a cúpula do Náutico acabou com a ameaça de greve prometendo, por escrito, pagar os atletas que tinham parte de seus vencimentos atrasados na segunda-feira seguinte, dia 2 de dezembro, após o fim do Brasileirão. A promessa satisfez tanto o elenco como o Bom Senso F.C., que atuaram normalmente na rodada.
Em contato com o UOL Esporte no início desta semana, líderes do elenco do clube pernambucano relataram que a promessa não foi cumprida, sem que tenha sido dada nenhuma satisfação. Inconformados e sem a possibilidade de greve ainda neste ano, os atletas lesados entraram em contato com o movimento de jogadores, que além do calendário, defende a bandeira do Fair Play Trabalhista.
A reportagem confirmou com membros do Bom Senso F.C. que o movimento está ciente do problema e ajudando a solucioná-lo. Além da indicação de um profissional jurídico, afirmaram também que as chances de o movimento começar 2014 em greve, atrasando o início dos estaduais, são "enormes".
Na medida em que não obtiveram resposta da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), os cerca de 1000 jogadores que apoiam o Bom Senso subiram o tom. Na última terça-feira, divulgaram um comunicado com duras críticas à entidade e ao seu presidente José Maria Marin, chegando até a afirmar que o mandatário da entidade se esquivava de resolver os problemas devido a preocupação com o ano eleitoral (as eleições da CBF acontecem em 2014). Dentro do movimento, a greve é vista como o próximo passo lógico.
O caso do Náutico é acompanhado de perto e será utilizado como bandeira por se tratar de mais do que atraso de salários, algo que ocorre em outros clubes: os pernambucanos tiveram eleições presidenciais nesta semana, com vitória do candidato de oposição, Glauber Vasconcelos. Com isso, o atual presidente, Paulo Wanderley, fica no comando do clube até o final do ano, e pode deixar as pendências como herança para a nova gestão. O Bom Senso F.C. insiste para que, em qualquer projeto de ajuda financeira a clubes, seja incluído um dispositivo que responsabilize pessoalmente dirigentes por endividamento de seus clubes em situações como essa.
O caso será retomado em janeiro, juntamente com outras ações do movimento. Além de uma greve, existem outros planos, como a realização de um congresso no primeiro semestre para debater publicamente o assunto. O apoio da Fenapaf, entidade sindical que representa os atletas no país, também começou a ser costurado nas últimas semanas, e deve conferir ao movimento maior poder de articulação política.Reportar Erro
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