Orçamento de gastos deve ser divulgado apenas no final de 2013. (Foto: Reprodução/Uol) Apesar de uma boa parte das obras necessárias para a Rio-2016 não ter um custo definido, os projetos relacionados ao evento que já têm, no mínimo, um orçamento inicial, custarão R$ 29,2 bilhões. Em 2008, o comitê de candidatura do Rio à cidade-sede da Olimpíada estimou que R$ 28,8 bilhões fossem necessários para a preparação para os Jogos, em valores da época.
O custo atual da Olimpíada foi calculado pelo UOL Esporte com base em informações divulgadas pela Prefeitura do Rio, governo do estado e governo federal. As três esferas têm projetos ligados à Rio-2016.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016 também tem obrigações a cumprir até o evento. O órgão, entretanto, ainda não divulgou o orçamento de nenhum projeto sob sua responsabilidade.
Em 2008, estimava-se que o comitê organizador bancasse R$ 5,6 bilhões em preparativos para a Rio-2016. Hoje, na conta mais atual do evento, esse item ainda tem orçamento zero.
Já os entes governamentais deveriam gastar R$ 23,2 bilhões com os Jogos, de acordo com o dossiê de candidatura. Já comprometeram R$ 29,2 bilhões, e ainda devem investir mais.
Obras capitais para a Olimpíada e que serão pagas com dinheiro público ainda não foram incluídas na conta porque não tiveram o seu orçamento divulgado. A reforma do Parque de Deodoro, por exemplo, o qual receberá competições de nove modalidades em 2016, não tem nem projeto. Também não há estimativas de custo de nenhuma das estruturas esportivas que serão erguidas no local.
Também não têm orçamento a arena de handebol, o centro aquático e o novo velódromo do Rio. Todos eles ficarão no Parque Olímpico da Barra, assim como o novo centro de tênis. Esse já tem custo estimado: R$ 182,7 milhões - 47,6% a mais do que o previsto no dossiê de candidatura.
No final de julho, o TCU (Tribunal de Contas da União) cobrou mais uma vez da APO (Autoridade Pública Olímpica) a divulgação de uma lista de projetos necessários para a preparação da Rio-2016. Em acórdão, o tribunal ratificou que a apresentação dessa lista, a chamada matriz de responsabilidades, é fundamental para o combate aos atrasos e aos aumentos de custo.
A APO é o órgão que responsável por centralizar todas as informações sobre a preparação para a Olimpíada. Procurada pelo UOL para comentar a cobrança do TCU, ela não se pronunciou.Reportar Erro
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