A estudante Isadora Faber, de 13 anos, criadora da página Diário de Classe no Facebook, convidou alunos, pais, professores e funcionários de escolas públicas de todo o País a enviarem, nesta segunda-feira, 22, emails com denúncias sobre o estado precário de suas instituições ao Ministério da Educação (MEC) e às secretarias municipais e estaduais. "Vamos mostrar a eles que não estamos satisfeitos com a situação da educação no Brasil e queremos mudanças", diz a estudante em um de seus posts.
Intitulada como o Dia do basta, a mobilização surgiu por sugestão de um dos 344 mil seguidores do Diário de Classe. Além da indicação dos problemas, Isadora pediu também que seus leitores enviassem sugestões de solução para as dificuldades que enfrentam. "Se é professor e acha que tá ganhando pouco, faz igual a professora que mostrou o contracheque, tira uma fotografia e manda. Alunos que vem os problemas da escola também pode fazer isso, tira uma foto dos problemas e manda. Isso é o mínimo que cada um de nós podemos fazer pela educação", disse a adolescente.
Segundo a estudante, esta segunda-feira seria um dia em que todos que atuam junto ao ministro Aloizio Mercadante teriam de trabalhar bastante. "Vamos mandar fotos de tudo que acharmos que está errado. Eles nunca mais vão poder dizer que não sabiam", afirma.
Contatado pela reportagem, o MEC disse não ter recebido denúncias por email nesta segunda-feira. A assessoria de imprensa da pasta afirmou que assim que recebidas, as denúncias serão acolhidas e analisadas como normalmente são. Os cidadãos podem contatar o Ministério pelo telefone 0800-616161 ou pelo formulário fale conosco existente no portal do MEC.
Diários de classe pelo Brasil
Tomando a estudante catarinense como exemplo, alunos de todo o Brasil têm criado páginas semelhantes ao Diário de Classe. Nelas, eles registram, por fotos e textos, uma série de dificuldades estruturais de suas escolas. Entre os problemas apontados estão carteiras quebradas, banheiros sem porta, salas de aula abandonadas, reformas inacabadas e a constante ausência de professores.
Atualmente, há dezenas de páginas semelhantes, com denúncias de instituições públicas espalhadas pelo Brasil.
Via Estadão
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