Após a “Operação Aprendiz”, desencadeada na manhã desta quinta-feira (14), pela Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Estadual, visando cumprir 11 mandados de busca e apreensão a empresas ligadas ao ramo gráfico, de publicidade, e no Parque dos Poderes , o Governo do Estado publicou nota oficial sobre o assunto.
De acordo com texto, o governo designou a Controladoria Geral do Estado (CGE) para acompanhar as investigações da “Operação Aprendiz”. O estado reiterou sua posição de “colaborar com as investigações sobre quaisquer atos da administração pública”.
Por volta das 10h dois agentes da Polícia Federal e um da CGU, chegaram em um veículo descaracterizado e adentraram na governadoria, localizada no Parque dos Poderes, em Campo Grande. Até o fechamento da matéria os oficiais permaneciam ao local, provavelmente coletando documentos, sobre o período investigado.
Entenda
A operação realizada nesta quinta-feira (14) visa dar cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal Residual de Campo Grande. A operação investiga empresas ligadas ao ramo gráfico, de publicidade, e residência, todos localizados na capital. As informações mostram que algumas das empresas investigadas prestaram serviços para o Governo do Estado.
A investigação tem como objetivo apurar a aquisição “superfaturada de cartilhas educativas” pela Secretaria de Estado da Casa Civil, entre os meses de junho de 2015 e agosto de 2016. Segundo a PF, até o momento o prejuízo causado aos cofres públicos do estado estaria estimado em R$ 1.600.577,00.
Após a análise dos documentos, a CGU supôs, que apenas em relação a uma das cartilhas adquirida pela Secretaria de Estado da Casa Civil em junho de 2015, com intermediação de agência de publicidade, “um sobrepreço de 992%”.