Em pouco mais de 10 minutos, o fogo destruiu um ônibus que era utilizado como casa e local de trabalho de um artesão. As chamas além de atingir todo o veículo, com pertences dentro, também ameaçou a residência de madeira onde o ônibus estava estacionado, no bairro Noroeste.
"Foi tudo muito rápido. Ficamos com medo do fogo chegar em nossa casa, mas também desesperados com a destruição do ônibus. Era a casa deles, tudo que tinham. Agora perderam tudo", diz, ainda chorando, a moradora da residência e nora do proprietário do ônibus, Fernanda Lourenço Cornélio, de 29 anos.
No veículo, moravam o artesão Claudinei da Silva, a esposa e a neta de 5 anos. Todos os pertences da família - móveis, eletrodomésticos e roupas – e materiais de trabalho do artesão estavam dentro do ônibus. Tudo foi destruído pelo incêndio.
Eles viajaram para trabalhar em Aquidauana na quinta-feira (11) e deixaram o veículo estacionando no local porque o motor estava estragado. Fernanda não sabe explicar como o fogo começou, nem a causa e diz que as portas estavam trancadas.
"Minha filha estava vendo TV quando sentiu um cheiro de queimado e desligou. Achamos que era um curto-circuito e olhamos pela casa, mas não encontramos nada. Então, vi fumaça saindo da porta do ônibus, fui tentar abrir, mas a maçaneta estava muito quente e desisti", conta.
Ela foi pedir ajuda aos vizinhos e acionou os bombeiros. Os populares tentaram apagar o fogo com extintores de incêndio de carros, até a chegada do resgate, mas Fernanda conta que o vento só aumentava as chamas.
O fogo chegou a poucos metros da residência e, de acordo com os bombeiros, as chamas podiam ser vistas da BR-262, logo na entrada do bairro. Duas viaturas e mais de 2 mil litros de água foram necessários para controlar o incêndio.
A causa do incêndio só será confirmada após perícia, mas o superaquecimento de algum aparelho eletrodoméstico é apontado como a principal causa, de acordo com os bomebiros."Pode ser que algum equipamento tenha sido esquecido ligado e super aqueceu. Esse calor que está fazendo pode ter contribuido", explica o tenente Duilio.
A moradora ressalta que na noite de ontem entrou no ônibus para fechar as portas e nenhum equipamento estava ligado. No entanto, ela diz que dentro do veículo é muito quente e acredita que isso possa ter ajudado no incidente.
Ajuda
O artesão sobrevive com o dinheiro que consegue fazendo gravações em objetos e alugando materiais para festa. Com o incêndio, Fernanda diz que o sogro não terá como trabalhar e onde morar, já que perdeu todos os seus pertences.
A família pede a ajuda da população, que possa fazer qualquer tipo de doação. "O que puderem ajudar é válido, porque perderam tudo", diz Fernanda.
Eles precisam, principalmente, de roupas de criança para a neta de 5 anos, móveis e eletrodomésticos. O artesão já foi avisado sobre o incêndio e está retornando para Campo Grande.
As doações podem ser feitas na residência, que fica na rua Frei Caneca, quadra 288, lote 19 – Jardim Noroeste. O telefone para contato é 9242-8943.
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