Segundo dados da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente -Depca, cerca de 90% dos casos de violência sexual contra crianças, são praticadas por pessoas que fazem parte do círculo de convivência delas. Aproximadamente 70% dos abusos são cometidos por pais e padrastos, os tios figuram em segundo lugar com cerca de 15%, seguido de vizinhos 9% e primos 7%. Pessoas desconhecidas representam 4% dos casos.
Segundo a delegada titular da Depca, Regina Márcia, a maior parte das denúncias são feitas por terceiros. "A maioria das famílias não acredita que casos como esses podem ocorrer dentro de suas casas, e as mães não acreditam que seus parceiros possam praticar esses atos. Por esse motivo, a maioria das denúncias parte de denuncias anônimas, ou de amigos e vizinhos".
Para a psicóloga do Sest Senat, Cláudia Marcondes, "é difícil definir o que leva um pai, ou qualquer outro parente, a cometer um ato sexual com um menor de sua própria família. Todos os casos devem ser estudados, porque cada caso tem sua complexidade, e não há como generalizar, e chegar a uma só conclusão." afirma.
Cláudia relata ainda que a melhor forma de prevenção é a conversa e a proximidade dos pais para com seus filhos. "Os pais devem orientar seus filhos, sobre os cuidados que eles devem ter e, também devem dar abertura para que contem o que acontece no seu dia a dia, para que caso passem por qualquer situação estranha, não tenham medo e nem vergonha de contar".
Exploração Sexual
De acordo com o SOS Criança, no período de 1º de janeiro a 30 de junho de 2011, foram recebidas 75 denúncias que foram encaminhadas a Depca para investigação. Destas denúncias, constatou-se que 80% são de exploração sexual.
Projeto "Dica na Estrada"
O projeto Direito das Crianças e Adolescentes na Estrada - Dica na Estrada, preparou voluntários para a multiplicação da campanha nas cidades escolhidas, além de atingir cerca de 20 mil pessoas com a soma de todas as ações previstas. As atividades terão duração até maio de 2012 e custo estimado em R$ 200 mil, pagos pela Petrobras, por meio do programa Desenvolvimento e Cidadania.
Durante esse período, a proposta é de que as orientações dadas aos chamados Agentes de Transformação Social (ATS) sejam disseminadas para outras 3,9 mil pessoas nos municípios, por meio de reuniões com grupos de risco, pais, voluntários e/ou profissionais ligados aos Conselhos Tutelares e aos Conselhos de Referência e Assistência Social (Cras).
O trabalho de conscientização dos trabalhadores em Transporte será reforçado em 16 municípios onde há maior presença de profissionais como caminhoneiros, taxistas, mototaxistas e condutores de transporte escolar e de emergência, assim como um maior número de denúncias de abuso contra menores. É o caso de cidades como Porto Murtinho, Ponta Porã, Coxim e Corumbá.
Em todas as abordagens previstas no projeto será dada orientação sobre como evitar e denunciar a exploração de menores. Além da distribuição de material educativo, palestras, visitas e reuniões. O projeto prevê ainda a divulgação da campanha na mídia local, como forma de conscientizar toda a comunidade.
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