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Manifestos marcam a semana

17 abril 2011 - 05h28CG News

Cerca de 31 comarcas do setor judiciário de Mato Grosso do Sul aderiram a paralisação por melhores condições salariais aos servidores. Destas 22 comarcas farão a paralisação parcialmente.

Os servidores protestam por melhores condições salariais de trabalho e questionam o reajuste de 6% proposto ao judiciário. Além das questões salariais, a categoria reivindica também que o expediente seja de doze horas com dois turnos, começando as 7h e encerrando às 19h.

Em frente ao Fórum de Campo Grande, mais de 50 grevistas entraram no prédio com o objetivo “arrebanhar” outros colegas para o manifesto.

O presidente do Sindjus (Sindicato dos Servidores da Justiça de Mato Grosso do Sul), Dionizio Gomes Avalhaes, destacou que o grupo subiu as rampas de acesso aos blocos do Fórum fazendo barulho e munidos de faixas e cartazes. “Chamamos os servidores para o manifesto.”

Muitos servidores do Fórum continuaram com seus serviços normalmente e preferiram não aderir ao movimento.

A analista de judiciário, Márcia Saraiva, de 48 anos, revela que menos da metade dos funcionários da Vara da Família aderiram à paralisação.

“Tem muito gente falando que não vai aderir ao movimento. Cada um tem um motivo, alguns são novos no serviço, outros nem são sindicalizados e não acreditam que vai dar em alguma coisa a paralisação”, diz Márcia.

O dia de trabalho foi descontado, segundo informação dos servidores. Ônibus com servidores de Ponta Porã e outros municípios do interior do Estado também estiveram na Capital para o manifesto.

O presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Calos Santini, afirmou que cortaria o ponto dos servidores que aderissem a paralisação. Em resposta às afirmações do presidente, o sindicalista afirmou que todos os trabalhadores estão preparados para isso. “É consequência”, atacou.

Três Lagoas

Durante uma hora, cerca de 86 funcionários do Fórum da Comarca de Três Lagoas, paralisaram suas atividades e realizaram uma manifestação pacífica em prol de benefícios e reajustes para a classe.

Em entrevista ao jornal Perfil News, o presidente da delegacia sindical de Três Lagoas, Marcos Borges da Silva, revelou que os funcionários reivindicam aumento salarial e que o fórum volte a atender no horário antigo. “Nós recebemos um aumento de 6%, mas no ano passado à inflação atingiu a marca de 6,46% e agora nós queremos contestar esse aumento”.

“A melhor forma de se resolver algo é por meio da negociação. Paralisamos por apenas uma hora para não prejudicar a população, mas esperamos um acordo o mais breve possível, caso contrário iremos iniciar um greve por tempo indeterminado”, avisa Marcos Silva.

Contra estupro, estudantes protestam

Após estupro de uma estudante foram realizados protestos na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e nas ruas. Os jovens se pintara, colocaram nariz de palhaço e usaram faixas e tambores na paralisação. Os Jovens pediram mais segurança no campus, em Campo Grande.

A manifestação começou na Universidade, em seguida tomou as ruas e fechou o trânsito.

A manifestação contou com alunos de vários cursos, que reivindicavam por segurança, e estavam indignados após uma acadêmica ter sido violentada na manhã do mesmo dia (11). O estuprador foi preso, porém o fato não retira a dor da jovem estudante de química. Segundo alunos, no campus falta segurança e iluminação, essa dificuldade sempre existiu e as reclamações não são de hoje.

O estudante de engenharia elétrica, Vinícius de Oliveira, 20 anos, afirma que a reitora não está se importando com a falta de segurança. “Decidimos fechar a Costa e Silva porque eles falaram que não tem verba para aumentar a segurança”.

Segundo os acadêmicos, a administração da UFMS criará dentro de uma semana uma comissão para avaliar os pontos mais críticos da Universidade.

Os estudantes do campus de Três Lagoas também realizaram denúncias sobre problemas na unidade da UFMS e estão preocupados com a insegurança.

Os universitários percebem a precariedade da unidade dois, devido às obras que estavam paradas, problemas relacionados ao estacionamento, a falta de iluminação nos corredores, principalmente na passarela que dá acesso a entrada do campus.

Em entrevista ao jornal Perfil News, Jeferson Rodrigo é aluno do curso de História, no período noturno, e afirma ser um perigo a falta de iluminação, podendo sim acontecer novos casos como o estupro da UFMS de Campo Grande, além de acidentes.

Marcos Vinícius está cursando Engenharia de Produção, em período integral, e relata que mora em Ilha Solteira/SP, e que a pesar da comida da cantina ser ruim, ele se alimentava todos os dias no local, agora que foi fechada tem que se deslocar para fora do campus.

O diretor relatou que a reitoria tem investido, e o mesmo faz o possível para melhorar a situação do campus, onde existem projetos para atenderem os casos mais necessitados, mas como existe muita burocracia e tudo funciona através de licitações, as mudanças demoram.

Maria Aparecida Lima dos Santos, professora doutora no curso de História, relatou que a situação em relação à escuridão é preocupante, e existe há muito tempo. Ela afirma que o diretor do campus mostra preocupação em melhorar a unidade de ensino.

Para ela, o processo de centralização impede a resolução de problemas do cotidiano. "Deve haver uma movimentação dos usuários, é obrigação da comunidade exigir a qualidade e se manifestarem publicamente. Usar a mídia de forma responsável".

Preocupada com a situação, a professora disse que a população acadêmica precisa se organizar e reivindicar. “Porque é público, não se critica, não se exige. A população deve fazer uma manifestação séria, com postura e desenvolvimento. Os problemas precisam ser expostos para serem resolvidos”.

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