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Na Máxima da capital, internos são qualificados para trabalhar como padeiros e confeiteiros

08 junho 2012 - 12h23Reprodução / Agepen
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Parceria estabelecida pelo governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) está garantindo a qualificação profissional de internos do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, o Segurança Máxima de Campo Grande, nas áreas de padeiro, confeiteiro e salgadeiro.

O projeto da agência penitenciária consiste no oferecimento de equipamentos de padaria e na capacitação dos internos. Além da Máxima, outras três penitenciárias estão sendo beneficiadas pela parceria: Três Lagoas, Dourados e Naviraí. A previsão da Agepen é que sejam profissionalizados nas quatro unidades penais, inicialmente, cerca de 420 custodiados.

No estabelecimento penal, a ação é coordenada pela Associação Cristã Pais e Filhos (ACPF). A meta do “Projeto Padaria” na unidade é qualificar 120 reeducandos, com turmas de 20 alunos por período.

De acordo com o instrutor do curso, Clébis Souza Vicente, durante as 80 horas-aulas os alunos aprendem muito mais do que receitas e como preparar pães, salgados e bolos. “É ensinado todo o processo de produção, que envolve também noções de higienização e manipulação de alimentos, segurança no trabalho, e sistema de pré-pesagem, para evitar desperdícios”, informa.

Para a participação na qualificação, foram selecionados internos que estudam no presídio ou trabalham nos setores de cozinha e padaria. “Mas um dos principais critérios é que o interno tenha bom comportamento”, destaca o diretor da penitenciária, João Bosco Correa.

Segundo o dirigente, oportunizar qualificação profissional aos custodiados contribui também para a rotina de disciplina no presídio e influencia diretamente no processo de reinserção social dos apenados. “Nosso objetivo é esse: oportunizar uma profissão a eles para quando estiverem em liberdade, tendo condições de conquistar um trabalho digno para que não voltem a reincidir no crime”, afirma Bosco.

A primeira turma de alunos do “Projeto Padaria” concluiu o curso na última sexta-feira (1º), com 18 reeducandos capacitados. Eriton Medina Paniago, 24 anos, preso por tráfico de entorpecentes, foi um dos que conquistaram o certificado. Destaque durante as aulas, ele garante que gostou muito de desempenhar o trabalho, sendo uma nova oportunidade que se abre. “Eu acredito que pra gente abandonar a vida do crime só depende da força de vontade da gente mesmo, mas estudar, receber qualificação profissional ajuda bastante”, garante o reeducando, que cursou o 3º ano do ensino médio no presídio.

Natural do Pará, o indígena Carlos Acunã, 35 anos, também foi qualificado e elogiou bastante as aulas. “Foi tudo muito bem explicado, quando a gente não entendia o professor explicava duas, três vezes. Aprendi várias receitas e me sinto preparado pra trabalhar com isso”, diz. “Agora quero poder me aperfeiçoar; esse tipo de oportunidade ajuda a mudar a vida da gente”, enfatiza. 

As profissões de padeiro, confeiteiro e salgadeiro – assim como os demais ofícios na área de gastronomia – estão tendo bastante demanda no mercado de trabalho, e têm pouca mão de obra disponível, conforme afirma o instrutor Clébis Vivente. “É um profissional muito disputado, com salário mínimo de R$ 850,00, mas que tem variado de mil a dois mil reais por conta da falta de pessoas qualificadas”, comenta.

Mais cursos
De acordo com o diretor de Assistência Penitenciária da Agepen, Leonardo Arévalo Dias, além do Projeto Padaria, outras oficinas de capacitação estão previstas para serem desenvolvidas este ano na Máxima da Capital, por meio de parceria com o Depen.

Mato Grosso do Sul foi um dos estados contemplados para receber recursos para a implementação do Projeto de Capacitação Profissional e Implantação de Oficinas Permanentes (Procap/2012). 

Segundo o Departamento Penitenciário Nacional, deverão ser repassados ao estado R$ 300 mil para implantação de oficinas e realização de cursos profissionalizantes destinados aos reeducandos. “E a Máxima de Campo Grande será uma das unidades beneficiadas, com a realização de cursos ainda este ano”, informa o diretor da DAP/Agepen.

Via Notícias MS

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