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Onça solta no Pantanal já se alimentou de uma capivara e até atravessou o Rio Paraguai a nado

Estas primeiras informações monitoradas mostram que o animal está em boas condições de saúde e preparado para o seu habitat

25 janeiro 2021 - 13h55Brenda Assis, com informações assessoria

A onça resgatada em novembro na Serra do Amolar e que após recuperação foi solta no Pantanal na semana passada, já conseguiu neste período de quatro dias se alimentar, fazer o deslocamento pela região e até atravessar o Rio Paraguai a nado. Estas primeiras informações monitoradas mostram que o animal está em boas condições de saúde e preparado para o seu habitat.

O animal fez sua primeira alimentação na noite de sábado (23) para domingo (24), quando comeu uma capivara na região onde foi solta, na Serra do Amolar. “Ela também está se deslocando de forma bem ativa, o que nos deixa bastante animado em relação a sua reintrodução à natureza”, descreveu Sérgio Barreto, biólogo e coordenador de monitoramento ambiental do Instituto do Homem Pantaneiro.

O médico veterinário do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), Lucas Cazati, que foi o responsável pelo tratamento do animal, disse que estas primeiras informações mostram que a onça está “sadia” e reabilitada para seu habitat natural. “Ótimo sinal e indica que sua recuperação foi total”.

 Lucas ainda mencionou que o fato dela ter atravessado o rio a nado mostra a recuperação do seu quadro pulmonar, que antes a colocava em risco de morte. “Se ela conseguiu fazer esta travessia nos mostra a sua boa disposição física e reforça nossa avaliação que o animal estava sadio e preparado para ser solto”.

Sobre sua alimentação, o veterinário destacou que após comer a capivara, a onça pode ficar até três dias sem se alimentar, fazendo a devida digestão. “A capivara deveria ter entre 25 a 30 quilos, ela (onça) deve ter comido o animal inteiro, por isso vai ficar alguns dias sem precisar de alimentação, depois volta a caça novamente”, explicou Cazati.

Monitoramento

Depois de voltar ao seu habitat na última quinta-feira (21), a onça passou a ser monitorada por uma coleira que contém uma bateria e um chip que a cada hora emite um sinal, capturado pelo satélite e retransmitido ao software de monitoramento, que é feito por GPS e sinal VHF.

O médico veterinário, Diego Viana, do Instituto Homem Pantaneiro, que é o responsável por fazer este monitoramento, destacou que as informações colhidas do GPS vão mostrar o que o animal fez no dia anterior e que o sinal (VHF) emite a sua localização e distância em tempo real. Ao todo serão 24 informações diárias.

Já Cazati ressaltou que com o retorno do animal ao seu bioma, todo este material e dados coletados vão servir para pesquisa sobre sua geolocalização e atividades ao longo do dia, em relação a alimentação, onde ela dorme e seu perímetro de movimentação na região do Pantanal.

Soltura

A onça macho com 87 quilos foi solta novamente na Serra do Amolar depois de mais de dois meses de recuperação, desde que foi resgatada na região em novembro. Ela seguiu na última quinta-feira para a unidade de conservação Acorizal, por meio de uma aeronave da Cesna Gran Caravan da Força Aérea Brasileira (FAB).

Chegando ao local por volta das 13h foi levada de trator dentro da sua jaula até a embarcação para sua soltura onde foi encontrada, na beira do Rio Paraguai, na Serra do Amolar. No lugar escolhido, a equipe de profissionais responsáveis pela operação ainda esperam por 1 hora e meia até ela acordar e seguir mata adentro.

Resgate

A onça sobrevivente permaneceu por dois meses e meio no CRAS e passou por quatro baterias de exames “que demonstraram gradualmente a melhora do animal”. Nesse trabalho os técnicos do CRAS contaram com apoio de instituições como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e organizações não governamentais. As queimaduras nas patas foram tratadas com aplicação de ozônio e a cicatrização foi completa. 

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