O Plano de Revitalização do Centro abrange um espaço de 257 hectares, denominado Zona Especial de Interesse Cultural do Centro (Zeic/Centro). Para essa área, segundo a Lei Complementar n.161/2010 que regulamenta o plano, o objetivo é valorizar e proteger o patrimônio histórico, ambiental, arquitetônico e paisagístico. Paralelamente, foram identificados 22 bens passíveis de tombamento e mais de 80 de interesse para preservação histórico-cultural, os quais constam no anexo V dessa mesma lei.
Ao longo de 20 anos, o plano prevê mais de 90 ações para o Centro Histórico, somando um orçamento em torno de R$ 270 milhões. Dentre elas, a primeira etapa da Orla Morena já foi entregue e outras estão em andamento, como por exemplo, a segunda etapa da Orla Morena, Orla Ferroviária, restauração e recuperação da Estação Ferroviária (será inaugurada este mês), revitalização da Praça Ary Coelho, Centro de Belas Artes e o projeto de adequação de publicidade "Reviva o Centro". Outras ainda aguardam recursos, como por exemplo, a Revitalização da Rua 14 de Julho, a qual está prevista no PAC das Cidades Históricas.
A partir de 2005, por exigência da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Lei Complementar n.74/2005), todos os empreendimentos localizados nessas áreas de interesse devem procurar a Prefeitura Municipal (PMCG) para receber orientação por meio da Guia de Diretrizes Urbanísticas (GDU) em caso de reforma, construção ou demolição.
Desde julho de 2010, data da aprovação do Plano de Revitalização do Centro, mais de 40 proprietários de imóveis da Zeic/Centro solicitaram GDU para suas reformas. "O Plano de Revitalização do Centro não inviabiliza qualquer investimento no imóvel. Muito pelo contrário. O objetivo é deixar a região central cada vez melhor", ressaltou Marta Martinez, diretora-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb).
E em relação a essas melhorias na região central, Omar Aukar, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), destacou que estas intervenções contribuirão para ampliar o uso da região central, aumentando a frequência de visitação das pessoas. "A maioria está gostando do que está acontecendo. As obras das Orlas, por exemplo, irão quebrar essa visão de só comércio e negócios, dará uma humanizada. A Avenida Calógeras estava horrível, mas agora está começando a mudar. E depois da Orla Ferroviária ficará uma beleza!"
Para Ricardo Massaharu Kuninari, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), o Plano de Revitalização do Centro veio em boa hora, justamente por causa dos novos shoppings. Para ele, Campo Grande é uma capital que ainda possui uma área central muito forte, com público cativo. "É normal uma cidade que está crescendo ter essa concorrência. E o que os lojistas têm feito é investir na loja e até em capacitação. O impacto inicial dos shoppings acabou não acontecendo como a gente esperava. Tem espaço para todos."
Muitos comerciantes já estão removendo a publicidade irregular e entrando em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) para adequação ao "Reviva o Centro". Atualmente, são mais de 100 processos em andamento.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Maioria do STF vota por receber mais 70 denúncias por atos golpistas

Esteticista morre após passar por abdominoplastia realizada por enfermeiro

JD1TV: Homem sofre queimadura de 2° grau ao levar choque na Afonso Pena

Feira 'O Balaio' tera sua 2ª edição na Capital com mais de 180 artesãos

Hemosul reabre nesta sexta-feira para receber doações

Marcha para Jesus lota as ruas em São Paulo

Startup Jam: Duplas ganham bolsas e terão seis meses para concluir jogos

Shopping Norte Sul arrecada até mil litros de óleo e 7 toneladas de papelão ao mês

Morre Suely Brandão
