Na opinião do autor da pesquisa, Peter A. Newman, a imunização de garotos entre 11 e 21 anos de idade pode ter um papel fundamental na proteção de ambos os sexos contra os principais e mais agressivos tipos de HPV. Os resultados foram publicados este mês na revista "Sexually Transmitted Infections".
"A vacina já está disponível e poderia mudar esse cenário e evitar casos de câncer que às vezes resultam (do HPV)", destaca.
Newman agrupou dados de 16 estudos independentes que envolveram mais de 5 mil pessoas. Ele analisou as taxas de aceitação da vacina de HPV e quais fatores desempenham um papel determinante para homens jovens receberem ou não a dose.
As vacinas, principalmente as novas, podem ter dificuldade de alcançar o público-alvo para as quais foram desenvolvidas, segundo o autor. Esse problema é agravado pela falta de informação ou até por teorias conspiratórias sobre a eficácia e a segurança do produto.
"Infelizmente, a desinformação e os medos infundados podem resultar em mortes por câncer que poderiam ter sido evitadas com uma simples vacinação", diz Newman.
Além disso, há barreiras logísticas que podem dificultar a difusão e a aceitação das novas doses. Há ainda outros entraves que explicam as baixas taxas de imunização de HPV no mundo, como o alto custo da vacina (entre R$ 220 e R$ 400 por dose), o transporte da pessoa até uma clínica particular e o tempo de espera entre uma dose e outra – ao todo, são três, com intervalo de 2 meses entre a primeira e a segunda e de 4 meses entre a segunda e a terceira.
O pesquisador também reforça que o principal fator que impede que os homens se vacinem contra o HPV é a falta de uma conexão bem estabelecida entre o vírus e o risco de morte para eles.
"A relação de HPV e câncer do colo do útero em mulheres é responsável por popularizar a vacina entre as jovens. Infelizmente, uma ligação semelhante, que motivaria os homens a receber a dose, ainda não foi feita. Mas isso precisa mudar", afirma Newman.
De acordo com o cientista, a imunização para meninos no Canadá é recente e até agora teve baixo índice de aceitação. Para que isso mude, na visão dele, é necessária a participação ativa de médicos, assistentes sociais e instituições públicas de saúde para transmitir os benefícios da vacina aos meninos e o papel positivo que ela pode desempenhar ao manter a população mais segura e saudável.Reportar Erro
Deixe seu Comentário
Leia Também

Justiça
Acusado de atirar para "dar um susto" em conhecido segue preso, decide juiz

Geral
Câmara sedia curso de primeiros socorros com ênfase no Espectro Autista

Geral
Horóscopo do dia - Veja a previsão para o seu signo 23/4/2025

Justiça
STF mantém afastamento de desembargadores do TJMS

Geral
Prazo para troca gratuita de parabólica em MS termina em 30 de junho

Geral
Deputados aprovam recondução de Carlos Assis como diretor-presidente da Agems

Política
Gerson diz que novo refeitório 'trará mais dignidade aos servidores'

Justiça
Ex-policial de MS tenta suspender condenação por corrupção

Geral
Bases avançadas dos bombeiros ampliam preparo para combate aos incêndios no Pantanal

Justiça