A ativista sueca Greta Thunberg, de 17 anos, afirmou nesta segunda-feira (20), em vídeo postado no Instagram, que doará 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,15 milhões) de um prêmio que ela recebeu a grupos que enfrentam a mudança climática e defendem a natureza.
Os primeiros projetos beneficiados pelas doações do Gulbenkian Prize for Humanity, vencido por Greta nesta segunda, são uma iniciativa que fornece ajuda médica para comunidades indígenas na Amazônia que combatem a pandemia do novo coronavírus e um esforço para tornar o "ecocídio" um crime internacional.
A jovem disse no vídeo que o prêmio era "mais dinheiro do que podia imaginar" e esperava que isso a ajudasse a "fazer mais bem ao mundo".
"Todo o prêmio será doado através da minha fundação a diferentes organizações e projetos que trabalham para ajudar as pessoas nas linhas de frente afetadas pela crise climática e ecológica, especialmente no Sul do globo", disse ela.
A primeira doação de Greta, de € 100 mil (R$ 613,9 mil), será destinada ao fundo SOS Amazônia, uma campanha de crowdfunding lançada em junho para comprar suprimentos médicos e fornecer serviços de telemedicina para os residentes da floresta amazônica brasileira.
A segunda doação, também de € 100 mil, apoiará a Fundação Pare o Ecocídio, que faz lobby para que o Tribunal Penal Internacional de Haia processe pessoas responsáveis pela destruição em larga escala da natureza.
Greta foi selecionada entre 136 indicados em 46 países para o prêmio, lançado pela Fundação Calouste Gulbenkian, uma organização filantrópica portuguesa.
O prêmio anual tem como objetivo reconhecer pessoas e grupos em todo o mundo cujas contribuições à mitigação e adaptação às mudanças climáticas se destacam pela inovação e pelo impacto.
Jorge Sampaio, presidente do júri da premiação e ex-presidente de Portugal, chamou Greta de "uma das figuras mais notáveis dos nossos dias" por sua capacidade de mobilizar as gerações mais jovens em apoio a ações para combater as mudanças climáticas.
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