Autor de feminicídio, "Hulk" é condenado a 17 anos de prisão

Jurados afastaram qualificadora de meio cruel do feminicídio (TJMS)

O traficante Edson Firmo Camargo, conhecido como "Hulk", acusado de feminicídio contra a ex-mulher, Graziele Quele Ferreira Gomes, de 39 anos à época do crime, em 1º de maio de 2020, foi julgado na manhã de hoje (3), em Campo Grande. Camargo é acusado de homicídio qualificado por meio cruel, feminicídio, além de ocultação de cadáver e fraude processual.

O corpo de Graziele, que sofria violência doméstica por parte do acusado, foi encontrado envolto em um lençol, dentro de uma fossa desativada, no quintal de uma casa ao lado da casa de Edson, onde funcionava uma boca de fumo no bairro Morada Verde. A polícia chegou ao corpo depois de várias denúncias de vizinhos.

Edson teria sido o principal suspeito desde que a morte da ex-companheira veio à tona, e foi preso na noite de 2 de maio de 2020. As acusações que pesavam contra o réu eram de homicídio qualificado por meio cruel, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual, por ter alterado a cena do crime.

No julgamento desta manhã, "Hulk" foi condenado por fraude processual e ocultação de cadáver e os jurados afastaram a qualificadora do meio cruel. Com isso, o homem recebeu uma pena de 16 anos de reclusão pelo feminicídio e um ano e meio pela ocultação, totalizando 17 anos e 6 meses de reclusão e 15 dias-multa pelo feminicídio e a ocultação de cadáver.

Já pelo delito de fraude processual foi aplicada a pena de 1 ano de detenção e 26 dias multa. Em razão da natureza diferente as penas não podem ser somadas.

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