Entre os julgamentos previstos para essa semana nas varas do Tribunal do Júri da capital, está sendo realizado hoje (12) o júri popular do réu Juliano André Lins dos Anjos, acusado de tentativa de homicídio contra o empresário Reginaldo da Silva Maia, e seu pai, Geraldo Regis Maia. De acordo com o processo, o caso aconteceu no Frigorífico Beef Nobre, no bairro Nova Campo Grande. Juliano teria colocado veneno no suco das vítimas. O julgamento acontece no Fórum Heitor Medeiros.
Segundo os autos, Juliano André tentou matar seu patrão, Reginaldo da Silva Maia, proprietário do frigorífico, e o pecuarista Geraldo Regis Maia, no dia 16 de dezembro de 2009, utilizando veneno. As vítimas ingeriram suco de laranja, que foi servido pela funcionária deles no estabelecimento. Logo após ingerirem a bebida, eles começaram a passar mal e buscaram atendimento médico. Ambos foram medicados com suspeita de envenenamento.
De acordo com o depoimento de Reginaldo da Silva, a copeira levava o suco de laranja para ele e seu pai com frequência. Porém, no dia do ocorrido, ele percebeu que a bebida apresentava um odor muito forte, parecido com o cheiro de “tinner”, então tomou apenas meio copo do líquido. Aproximadamente cinco minutos depois, ele teve uma indisposição, ficou tonto e teve uma queda brusca da pressão arterial, sendo levado ao hospital junto com seu pai, que apresentou os mesmos sintomas.
Ambos receberam atendimento médico, sendo aplicados soro e antídoto contra veneno. Depois do ocorrido, a copeira foi intimada a prestar depoimento e esclareceu que, no dia, Juliano André Lins dos Anjos disse que queria falar com ela, questionando se ela comia da fruta e do suco de seu patrão disponíveis no estabelecimento. Ela respondeu que sim, momento em que o acusado a orientou a não comer e não tomar o suco.
Ela disse que, quando começou a preparar a bebida, o acusado foi até a copa e perguntou se tinha álcool. Ela disse que sim, e que ficava no banheiro, e o réu pediu para ela pegar. A mulher alega que, antes mesmo dela sair do interior do banheiro, o réu já estava no corredor atrás dela, momento em que entregou o álcool e retornou até a copa, para terminar a bebida.
Contou ainda que, quando terminou o suco, levou até o empresário e o pai. Ao retornar para a copa, percebeu que a bebida estava estranha, com um cheiro muito forte, semelhante ao de tinner. De modo que ela voltou para a sala das vítimas e pediu para que elas não bebessem o suco, porém eles já haviam tomado.
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