Uma jovem de 22 anos foi vítima de estupro coletivo após uma festa na região serrana do Rio de Janeiro, realizada no dia 13 de julho. Ela foi dopada durante o evento e só ficou sabendo do crime depois que uma amiga a alertou sobre o compartilhamento de um vídeo na internet. As imagens foram gravadas pelos três homens que participaram do ato.
A vítima, moradora da cidade de Cordeiro, contou que foi dopada por um conhecido durante a festa dos "Carecas" - que aconteceu na cidade vizinha de Cantagalo. Segundo a advogada da jovem, Valéria Melo, sua cliente aceitou um copo de cerveja de um conhecido e, em seguida, passou mal.
"Durante a festa, ela se aproximou para cumprimentar um colega e acabou aceitando um copo de cerveja de um segundo conhecido. Depois disso, ela começou a passar muito mal. Não conseguia ficar em pé, parecia embriaguez, mas não era. Ela comentou que queria voltar para Cordeiro. Eles ofereceram carona e, no veículo, já estava o terceiro envolvido. Ela lembra que eles chegaram a conversar, mas que depois só se recorda de ter acordado em casa", relatou a defensora.
Ainda conforme a advogada, a vítima seguiu a vida normalmente sem saber o que tinha acontecido após a festa. Porém, após alguns dias, ela foi alertada por uma amiga sobre as imagens compartilhadas na web. "Ela chegou a achar que estava sendo confundida, mas depois que percebeu que era ela, ficou bem mal. Entrou em desespero. Falou em se matar e, em seguida, registrou o caso na delegacia”.
Valéria disse ainda que a vítima está muito abalada e parou de trabalhar. "Ela está bem abalada. Ela trabalha em um comércio da família. As pessoas chegam a parar o carro na frente para olhar para dentro do estabelecimento. Ela vai precisar de ajuda psicológica", disse.
Homens se divertiram de forma bem cruel, relata advogada
"O vídeo é muito feio. Pelo rosto dos rapazes você consegue ver que eles estão se divertindo de forma bem cruel. O telefone passa de mão em mão. Dá para ver no rosto dela que ela não está bem, que ela está dopada. Cada um participou do ato de uma forma e no final filmam o rosto dela. O rosto deles também aparece no vídeo. Eles não imaginavam que ia cair na internet. Tudo foi muito cruel".
Segundo Valéria, um dos homens envolvidos no caso já prestou depoimento. Procurada, a Polícia Civil do Rio informou que o caso foi registrado como estupro coletivo e divulgação de cena de estupro.
"Diligências estão em andamento para apuração do fato", informou a polícia por meio de nota.
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