O Ministério Público Federal (MPF) solicitou o afastamento imediato do diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, pelo período de 90, sob acusações que ele teria feito uso indevido do cargo para beneficiar a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, além de pedir sua condenação por improbidade administrativa.
"A vinculação constante de mensagens e falas em eventos oficiais, entrevista a meio de comunicação e rede social privada, mas aberta ao público em geral, tudo facilmente acessível na internet, sempre associando a própria pessoa do requerido à imagem da instituição PRF e concomitantemente à imagem do Chefe do Poder Executivo federal e candidato à reeleição para o mesmo cargo, denotam a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçadas sobreposição de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais", argumentou o MPF.
Além do processo no MPF, Vasques também é alvo de um inquérito aberto pela Polícia Federal que investiga as blitz realizadas pela corporação no dia do segundo turno das eleições, o que havia sido proibido pela Justiça.
A conduta do diretor da PRF durante os bloqueios ilegais das rodovias, organizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, também é alvo de investigação, já que o MPF aponta que existem indícios de omissão da corporação por motivação política.