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Justiça

O estranho "atentado" a Trutis no inquérito da PF

Documento mostra detalhes do dia do suposto crime

17 novembro 2020 - 18h01Da redação    atualizado em 17/11/2020 às 18h30

A farsa do suposto atentado sofrido pelo deputado federal Loester Trutis (PSL-MS) e deu seu assessor e ex-candidato a vereador em Campo Grande, derrotado nas unas no último domingo (15), Ciro Fidelis, começa a ser desvendada.

Documento aponta que os “indícios arrecadados” no curso das investigações apontaram falta de “plausibilidade da hipótese investigatória inicial”, reformulando toda a linha de investigação defendida por Trutis e o colocando como investigado pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, disparo de arma de fogo e comunicação falsa de crime.

Parte do documento ainda diz que “contrariedades e inconsistências da versão inicial dos fatos, assim como a exploração pública do episódio, levaram a suspeita de que o atentado contra a vida do parlamentar pudesse ter sido simulado a fim de promover a capitalização política dos acontecimentos pela “vítima”, com fomento de pautas de interesse de seu mandato parlamentar”.

Ainda no documento, que é do dia 26 de outubro, 17 dias antes de a Polícia Federal levar o parlamentar à Superintendência Regional de MS, os crimes supostamente praticados por Trutis são “confirmados” através de laudos periciais de exames de local, identificação de resíduos de disparo de arma de fogo, depoimentos, apontando um trabalho minucioso de apuração dos fatos.

A narrativa que consta no documento do Supremo Tribunal Federal (STF) mostram elementos que dão suporte a outra linha de investigação, conforme pode ser vista abaixo:

"No dia 16 de fevereiro de 2020, entre às 4h20min e às 6h, o Deputado Federal LOESTER CARLOS GOMES DE SOUZA e seu assessor CIRO NOGUEIRA FIDELIS, dirigindo o veículo Toyota/Corolla, placas LUH-8B92, saíram pela BR 060, com a finalidade de simular um atentado a disparos de arma de fogo. 

Entraram, então, em duas estradas vicinais com a finalidade de procurar um local adequado para a simulação.

Somente na segunda estrada vicinal que adentraram, nas margens da BR 060, pararam o veículo Toyota/Corolla, placas LUH8B92, e efetivamente simularam o atentado.

Para tanto, realizaram disparos com uma arma Glock, 9mm, ainda não localizada, contra o veículo Toyota/Corolla, placas LUH8B92 (disparos de fora para dentro do veículo).

Realizaram, ainda, disparos com a pistola Taurus, modelo TH 380, calibre .380, número de série KLP 24350 (de dentro para fora do veículo).

Em seguida, dirigiram-se até a Superintendência da Polícia Federal, onde formalizaram a denúncia de suposta tentativa de homicídio da qual seriam vítimas."

Após narrar também o depoimento do deputado Trutis, onde ele detalhou à polícia como foi o “atentado”, o documento ainda trás informação de exame que atestou não terem sido encontrado vestígios de suposto crime. A empresa de localização por satélite instalado do veículo, mostra mapas com pontos de marcação da localização demonstrando que ele foi consduzido por duas entradas vicinais, localizadas próximo à BR-060, permanecendo parado, com a ignição desligada, em uma delas, o que não foi relatado por Trutis e seu assessor à polícia.

Câmeras de segurança instaladas as margens da rodovia também são citadas e mostram, segundo o documento, que o veículo dos investigados transitou em velocidade baixa, alternando sentidos. Entre outros argumentos relatados no documento, a investigação ainda aponta conversas por mensagem de texto de Ciro com Jovani, e apontam terem sido apagadas.

*Informações extraídas de documento anexado à reportagem do site A Onça.

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