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Influencer é vítima de racismo em padaria de Ipanema e leva caso à delegacia

"Achou que eu estava pedindo dinheiro", disse Sarah Fonseca em vídeo postado nas redes sociais

8 MAR 2022 • POR Brenda Leitte, com Metrópoles • 14h09
Sarah Fonseca em vídeo postado nas redes sociais - Foto: Reprodução

A influenciadora Sarah Fonseca foi até a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), na manhã desta terça-feira (8/3), denunciar caso de racismo em uma padaria de Ipanema, na zona sul do Rio. Ela chegou acompanhada do alemão identificado como Valentim, o namorado que presenciou o episódio junto a seus pais.


Influenciadora Sarah Fonseca com o namorado Valentin - Foto: Reprodução redes sociais

Em um vídeo com quase 20 milhões de visualizações no Instagram, Sarah Fonseca explicou o ocorrido aos mais de 600 mil seguidores:

“Acabei de sofrer racismo por esse cara aqui, em Ipanema. Fui conversar com meu namorado que estava com os pais e ele mandou eu sair porque achou que eu estava pedindo dinheiro, perturbando eles. Vergonha. Que vergonha”, disse a influenciadora, chorando.

Sara explicou que o namorado e os pais dele, todos alemães, estavam sentados em uma mesa da Baked Padaria, do lado de fora. Ela foi até Valentim pegar a chave do apartamento porque precisava ir para casa trabalhar.

“Assim que cheguei na mesa, mal consegui falar a frase ‘I forgot the key with you’, o funcionário da @baked.padaria apareceu do meu lado super rápido falando para eu sair como se eu tivesse ‘perturbando’ eles”, contou a influenciadora.

Ela disse que já tinha entrado em contato com a advogada e que estava fazendo um registro de ocorrência contra o homem, que na imagem, aparece com o rosto coberto através de um efeito, para não ser identificado:

“Eu fiquei em choque, me senti humilhada na frente de todos! Eu não consigo descrever a raiva que estou sentindo. Ele achou que eu estava fazendo o quê? Por que eu deveria sair? Depois que eu me exaltei e gritei com ele, ele começou a dizer que eu estava enganada, que não era nada daquilo. Normal, né? Nunca é injúria racial. Deve ser coisa da nossa cabeça”, disse Sarah.

Nota de repúdio

Nas redes sociais, a Baked Padaria publicou uma nota de repúdio, dizendo que o acusado não é funcionário do estabelecimento:

“Gostaríamos de esclarecer que o segurança em questão não é funcionário contratado da Baked, e sim um prestador de serviços para a rua, e de maneira nenhuma ele nos representa. Já entramos em contato com a associação de lojistas informando o ocorrido, para que sejam tomadas as medidas necessárias o quanto antes”, diz a publicação.

A nota também diz que a padaria entrou em contato com Sarah e presta apoio.