Economia

FCO Empresarial terá mais vantagens com taxa de juros pré-fixada

Informação foi tema de palestra na Fiems

14 MAR 2022 • POR Rosana Lemes e Sarah Chaves • 10h03
O projeto em parceria com o Banco do Brasil e Semagro, possibilitará que empresários escolham as taxas de juros nos contratos do FCO - Divulgação

Depois de dificuldades relatadas por empresários para a contratação de financiamento na modalidade FCO Empresarial, a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul realizou  nesta segunda-feira (14), a palestra “FCO Mais: Mais vantagens, mais investimentos e mais competitividade”.

O projeto em parceria com o Banco do Brasil e Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), possibilitará que empresários sul-mato-grossenses escolham as taxas de juros a serem utilizadas nos contratos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), na modalidade Empresarial.

Antes, as duas modalidades de financiamento recebiam tratamento diferente de correção. Enquanto no FCO Rural a taxa pré-fixada girava em torno de 5% ao ano, o FCO Empresarial era corrigido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor-Amplo), além de uma parte pré-fixada, o que poderia representar juros finais de até 13% ao ano, tendo em vista a alta da inflação verificada no último ano.

Agora, o empresário, ao seu critério, pode optar entre duas opções de taxa de juros: pré-fixado ou pós-fixado. A previsão é de que a alteração nas taxas de juros dos contratos do FCO Empresarial possa ser feita pelo banco a partir de maio. 

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o objetivo é levar o FCO Empresarial para “patamares aceitáveis”. "A disparada dos juros do FCO já contratados pós-fixados tiveram reajustes impagáveis, muitos empresários procuraram a federação e o Banco do Brasil tentando ajustar isso, e até então não era possível”, frizou.

Segundo o titular da Semagro, Jaime Verruck, esse ano estão disponíveis mais de R$ 2 bilhões que serão destinados 50% para o FCO Rural e 50% não rural (indústria, comércio, serviço, turismo e infraestrutura). “Nesses meses de janeiro e fevereiro, 70% das nossas operações foram no âmbito rural, porque existe um represamento do setor empresarial em função da elevação da taxa de juros”.

Segundo o secretário, a partir dessa alteração espera-se que tenha aumento da demanda do setor, sendo 80% do recurso destinado para pequenas empresas.

Foi aprovado pelo Banco Central, os juros pré-fixados na modalidade tanto nas novas operações a serem contratadas quanto naquelas já firmadas em contratos antigos.

No ano passado, a proposta foi formalizada pelo governo do Estado, Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) e Fecomércio (Federação do Comércio) à Sudeco, que encaminhou o pedido ao Ministério de Desenvolvimento Regional que submeteu o texto ao Conselho Monetário Nacional.