Cidade

“Não dá pra ficar calada”, diz subsecretária das mulheres sobre meme do mendigo

Luciana Azambuja se posicionou nas redes sociais e se solidarizou às mulheres vítimas de violência exposta pela sociedade

29 MAR 2022 • POR Taynara Menezes • 08h37
Publicação em forma de piada gerou indignação na subsecretária da mulher de MS - Reprodução internet

A subsecretária de políticas públicas de mulheres de Mato Grosso do Sul, Luciana Azambuja, usou suas redes sociais para se posicionar a respeito de um meme, que tem circulado na internet, envolvendo a Capital e o mendigo que teve um caso com a mulher de um personal. O caso teve grande repercussão nacional. 

O meme criado e publicado por uma página de humor de Campo Grande,"@ocampograndense", utiliza a imagem do mendigo em uma montagem em frente ao monumento Maria Fumaça, ponto turístico da cidade, com a seguinte frase: 'Você meu amigo que gosta de ficar no celular e não da atenção à sua esposa. Cheguei campo-grandeses."

Diante dessa publicação, a subsecretária decidiu se pronunciar em defesa das mulheres, submetidas à piadas e violência doméstica como se fosse natural. Ela inicia a publicação dizendo. "Acabei de receber esse post. Não dá pra ficar calada. Não dá pra fazer piada. Não dá pra naturalizar a violência contra a mulher que a sociedade tolera." defende.

Luciana continua o texto destacando a saúde mental da mulher que foi exposta de maneira nacional. "Uma mulher com saúde mental comprometida sendo exposta, objetificada e humilhada em público. Um homem que ganhou visibilidade nacional contando detalhes do ocorrido. Lamentável!".

Por fim, ela ressalta seu apoio à todas as mulheres e pede empatia. "Todo meu apoio à mulher em questão (que segundo divulgado, está internada em hospital psiquiátrico) e a sua família. E se fosse com você? E se fosse com uma amiga ou com alguém da sua família? Mais respeito com todas as mulheres! Mais empatia, por favor! E mulheres, tenhamos sororidade umas com as outras! A todas e a todos, não reproduzam conteúdos machistas que violem direito das mulheres!" concluiu.