Economia

Dólar opera em queda e real se torna mais interessante para investidores

Moeda norte-americana chega a R$ 4,69

1 ABR 2022 • POR Sarah Chaves, com informações do G1 • 11h14
Foto: Istock

Às 10h37 desta sexta-feira (1°), o dólar recuava 1,12%, a R$ 4,7059, operando em queda, a caminho de nova desvalorização semanal frente ao real com a manutenção do fluxo da moeda para Brasil.

Na mínima do dia até o momento, chegou a R$ 4,6904 – menor cotação intradia desde 30 de março de 2020, quando chegou a R$ 4,445. Veja mais cotações.

No dia anterior, o dólar fechou em queda de 0,57%, a R$ 4,7592, acumulando perda de 7,70% no mês de março. No trimestre, teve baixa de 14,63% frente ao real, a maior desde 2009 para o período.

Na agenda econômica do dia, o IBGE divulgou mais cedo que a produção da indústria cresceu 0,7% em fevereiro, seguindo abaixo do patamar pré-pandemia. Nos EUA, o Departamento do Trabalho divulga o relatório do mercado de trabalho americano, conhecido como “payroll”, relativo ao mês de março.

Os preços do petróleo operam com pequenas variações nesta sexta, após terem recuado cerca de 5% na véspera, depois de o presidente Joe Biden anunciar a maior liberação de todos os tempos da Reserva Estratégica de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities e juros em patamares mais elevados no Brasil. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.

O movimento do dólar também é um reflexo do maior fluxo de capital estrangeiro para o país devido ao diferencial de juros com o exterior e perspectiva de que o Banco Central irá promover novas elevações na taxa Selic para tentar controlar a inflação. Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.