Cultura

Festival de Berlim conta com extensa participação brasileira

7 FEV 2014 • POR Via Portal Brasil • 11h34
(Arte: reprodução)
Começou nessa quinta-feira (06) e vai até o dia 16 de fevereiro a 64ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim. A edição 2014 deste que é um dos mais importantes eventos do calendário cinematográfico internacional contará com uma extensa participação brasileira: o Brasil tem um filme na disputa pelo Urso de Ouro, dois longas-metragens na mostra Panorama, um longa na mostra Fórum e dois curtas-metragens - um na mostra Geração KPlus e outro na mostra Forum Expanded.

Além disso, doze produtores participarão do programa de residência Berlinale Talent Campus, representantes de produtoras independentes estarão no European Film Market, um projeto brasileiro integrará o Mercado de Coprodução e a Agência Nacional do Cinema (Ancine) promove um encontro entre produtores brasileiros e alemães - o diretor-presidente da Agência, Manoel Rangel, e o assessor internacional Eduardo Valente estão em Berlim, acompanhando de perto o evento.

O novo longa-metragem de Karim Aïnouz, "Praia do Futuro", estrelado por Wagner Moura e realizado em parceria com a Alemanha, está na disputa pelo principal prêmio do festival, o Urso de Ouro. O filme, que foi contemplado com investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) no valor total de R$ 2,23 milhões, tem boas chances de repetir o feito de "Central do Brasil", de Walter Salles, e "Tropa de Elite", de José Padilha, que conquistaram a láurea em 1998 e 2008, respectivamente.

Além do filme de Karim na Competição Oficial, a mostra Panorama vai contar com a presença dos longas-metragens "Hoje eu quero voltar sozinho", de Daniel Ribeiro, e "O homem das multidões", de Cao Guimarães e Marcelo Gomes; e a mostra Fórum selecionou para exibição o longa "Castanha", de Davi Pretto – que foi exibido para o curador da mostra, o alemão Christoph Terhechte, na segunda etapa da terceira edição do programa Encontros com o Cinema Brasileiro. Completa a seleção de longas nacionais a coprodução “Terra vermelha”, de Marco Bechis, que será exibida na mostra Nativa – Cinema Indígena.

O curta-metragem nacional será representado por “Fernando que ganhou um pássaro do mar”, de Felipe Bragança e Helvécio Marins Jr., na programação da mostra Forum Expanded, e por “Eu não digo adeus, digo até logo”, de Giuliana Monteiro, que fará parte da mostra infanto-juvenil Geração KPlus.

Programas de apoio da Ancine
Seis dos sete filmes brasileiros em Berlim foram apoiados, de diferentes formas, pelo Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais e de Projetos de Obras Audiovisuais Brasileiras em Laboratórios e Workshops Internacionais da Ancine, assim como o projeto “As boas maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, que participa do Mercado de Coprodução da Berlinale.

O programa existe em consonância com a política da Ancine voltada para a divulgação do cinema brasileiro no mercado internacional.

O Berlinale Talents, programa de residência do Festival de Berlim destinado ao aprimoramento de jovens talentos internacionais de audiovisual, terá a participação de onze realizadores brasileiros nas oficinas, palestras, workshops, seminários e conferências oferecidos pelo programa.

O European Film Market, evento de mercado que reúne produtores, distribuidores, compradores e agentes de venda, contará com a presença de mais de uma centena de profissionais brasileiros. A Ancine apoia a ida de 15 representantes de produtoras independentes brasileiras ao mercado por meio do Programa de Apoio à Participação de Produtores Brasileiros de Audiovisual em Eventos de Mercado e Rodadas de Negócios Internacionais.

Encontro de produtores Brasil/Alemanha no Festival de Berlim
Para incrementar a possibilidade de coproduções entre Brasil e Alemanha, a Ancine, em parceria com o FFA (Filmförderungsanstalt – Fundo Federal Alemão de Apoio ao Audiovisual), promoverá, dentro da programação do Festival de Berlim, um encontro entre produtores brasileiros e alemães.

Dentre as vantagens de realizar um filme em regime de coprodução, está o fato de que este é tratado como obra nacional por todos os países coprodutores, podendo usufruir de políticas locais de apoio à produção e mecanismos de financiamento nos dois (ou mais) países.